Vodacom Lança “Bombinha Touch 4G” Para Democratizar o Acesso à Internet

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Digit 4G Z1 aposta em baixo custo e simplicidade para reduzir barreiras de entrada e impulsionar a literacia digital, sobretudo entre populações de baixo rendimento.

Questões-Chave:
  • Apesar de 88% de cobertura 4G, estima-se que cerca de 70% dos moçambicanos não acedem de forma efectiva à Internet, penalizados pelo custo dos dispositivos e por défices de literacia digital;
  • O Digit 4G Z1 (“bombinha touch”) permite navegar, comunicar e aceder a redes sociais e streaming com operação simplificada, alinhado à estratégia de inclusão tecnológica e financeira;
  • A Vodacom e a Digit defendem que a escala do dispositivo pode acelerar adopção de serviços digitais e estimular usos em educação, microcomércio e serviços públicos;
  • Especialistas sublinham que inclusão digital exige tripé: conectividade, equipamento acessível e alfabetização digital — com envolvimento de operadores, Governo, sociedade civil e parceiros internacionais.

Estimativas apontam que cerca de 70% da população continua fora do mundo digital em termos de uso efectivo, apesar da cobertura 4G abranger a maioria do território. Para romper esta barreira, a Vodacom Moçambique apresentou o Digit 4G Z1 — a “bombinha touch 4G” — um dispositivo de baixo custo e utilização intuitiva, concebido para ligar mais pessoas à Internet, redes sociais e plataformas de streaming, reforçando a agenda de inclusão digital no País. 

A transformação digital integra a agenda nacional, mas enfrenta assimetrias estruturais: poder de compra limitado, custo de dados e baixa literacia digital continuam a excluir milhões de cidadãos. O lançamento do Digit 4G Z1 surge exactamente neste ponto de fricção: trazer um terminal acessível, robusto e simples, com funcionalidades que respondem ao uso real do dia-a-dia (comunicação, redes sociais, vídeo e aprendizagem), evitando a curva de adopção de smartphones mais caros. 

Para a Vodacom, a acessibilidade do equipamento é determinante. “As principais barreiras são, em primeiro lugar, o custo dos dispositivos; em segundo lugar, a literacia digital; e, em terceiro, a desigualdade de género”, sublinha Linda Riwa, directora de negócio do segmento particular, acrescentando que a ambição é “ligar para um futuro melhor” através de acesso, pontes digitais e dispositivos adequados à realidade do mercado. 

Do lado do fabricante, Momad Asif Panjwani (Digit) enfatiza que a meta é apoiar o crescimento digital de Moçambique, com dispositivos fiáveis, parcerias locais e apoio pós-venda. O raciocínio económico é directo: com mais gente conectada, a procura por serviços digitais, educação online e soluções de micro-negócio tende a aumentar, gerando externalidades positivas no ecossistema. 

A equipa digital da Vodacom acrescenta um ponto operativo: manter a “experiência da bombinha” — simples e familiar —, agora com aplicações e Internet, reduzindo a resistência à mudança tecnológica e encurtando a distância entre o utilizador e conteúdos úteis. Nesta óptica, o dispositivo é tanto uma porta de entrada como um facilitador para programas de alfabetização digital. 

Em síntese, a “bombinha touch 4G” representa uma resposta pragmática a um problema económico e social concreto. Para produzir impacto sistémico, será crucial combinar equipamento acessível, expansão de cobertura, pacotes de dados ajustados ao poder de compra e iniciativas de capacitação, em articulação com escolas, comunidades e instituições públicas — ancorando a inclusão digital na prática, e não apenas na intenção.

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