
Vodacom Promove Conferência Sobre Ética e Privacidade Digital Num Contexto de Inovação Acelerada
Especialistas alertam para os riscos da inteligência artificial, da desinformação e dos crimes cibernéticos, sublinhando a necessidade de uma cultura ética sólida e de um quadro legal robusto para proteger os direitos dos cidadãos.
- Conferência organizada pela Vodacom Moçambique no âmbito da Semana da Ética;
- Debateu os desafios da ética, conformidade e privacidade digital num contexto de rápida transformação tecnológica;
- Especialistas defenderam que a inovação deve caminhar lado a lado com a integridade e a responsabilidade institucional;
- Enfatizou-se o papel do INTIC, PGR, instituições financeiras e operadoras tecnológicas na protecção dos dados e na governação digital;
- O Governo reafirmou o compromisso em reforçar a legislação e os mecanismos de segurança digital.
A Vodacom Moçambique promoveu, em Maputo, a Conferência sobre Ética, Conformidade e Privacidade Digital, um fórum que reuniu representantes do sector público, privado e académico para debater os impactos da transformação tecnológica sobre os princípios éticos, a protecção de dados e a governação institucional. O encontro decorreu no quadro da Semana da Ética e destacou-se como um espaço de reflexão crítica sobre os dilemas morais e jurídicos da era digital.
Nas notas de abertura, o Presidente do Conselho de Administração da Vodacom Moçambique, Lucas Chachine, sublinhou que a evolução tecnológica exige um compromisso firme com a integridade, transparência e responsabilidade institucional.
“A inovação deve ser acompanhada por valores éticos sólidos, sob pena de fragilizar a confiança dos consumidores e a credibilidade das organizações”, afirmou.

A conferência abordou três eixos principais: ética na liderança institucional, riscos da cibercriminalidade e da inteligência artificial, e o enquadramento jurídico da privacidade de dados.
A Directora-Geral da Financial Sector Deepening Moçambique (FSDMoç), Esselinha Macome, destacou que “a adopção de tecnologia deve caminhar lado a lado com uma cultura ética sólida, pois a inovação sem responsabilidade mina a confiança pública”.
Durante o painel sobre crimes cibernéticos, o Director do Cibercrime da Procuradoria-Geral da República, Mahomed Nazir Noormahomed, alertou para a escalada das ameaças digitais — desde o uso indevido de deepfakes à proliferação de fake news — e defendeu uma resposta coordenada entre Estado, empresas e sociedade civil:
“O combate à desinformação requer uma aposta séria na literacia digital e numa cooperação estreita entre os sectores público e privado.”
No segmento dedicado à ética empresarial e governação corporativa, Jovita Fazenda, representante do The Ethics Institute-South Africa, sublinhou que a integridade é hoje um activo intangível de valor económico real, influenciando a reputação, a confiança dos investidores e a competitividade das empresas.
“As empresas éticas constroem valor duradouro e fortalecem a confiança do mercado”, observou.
Protecção de Dados e Responsabilidade Legal
O debate sobre proteção de dados pessoais e enquadramento jurídico foi conduzido por Gil Cambule, da firma Cambule & Américo Sociedade de Advogados, que defendeu a necessidade de um quadro legal coerente com as normas internacionais de privacidade:
“Num contexto de transformação digital acelerada, é essencial garantir que os direitos dos cidadãos estejam no centro das políticas públicas e da regulação tecnológica.”
Representantes do INTIC, IGCMZ e Movitel participaram igualmente no painel sobre privacidade e inteligência artificial, destacando a importância de mecanismos eficazes de monitorização e de transparência das operadoras tecnológicas.
O Presidente do Conselho de Administração do INTIC, Lourino Chemane, encerrou o evento reafirmando o compromisso do Governo em criar uma estrutura legislativa sólida e moderna:
“Estamos a reforçar os instrumentos legais e institucionais para garantir a protecção da privacidade, a segurança das infra-estruturas digitais e a promoção de uma inovação tecnológica responsável.”
Tendência e Outlook da Governação Digital
A conferência reforçou a percepção de que a confiança digital é o novo pilar da competitividade económica.
Com a crescente interdependência entre tecnologia, dados e finanças, Moçambique enfrenta o desafio de equilibrar inovação com protecção jurídica, num momento em que a inteligência artificial e o cibercrime redefinem fronteiras éticas e institucionais.
O evento promovido pela Vodacom insere-se numa tendência global de corporate governance que vê a ética e a conformidade não apenas como obrigação moral, mas como instrumentos estratégicos de sustentabilidade empresarial.
Entre Inovação e Responsabilidade
A Conferência de Ética, Conformidade e Privacidade Digital deixou uma mensagem inequívoca: a transformação tecnológica deve servir o ser humano e não o contrário.
Os desafios do futuro — da IA à segurança dos dados — exigem lideranças éticas, legislação robusta e cooperação interinstitucional.
Moçambique dá assim um passo relevante para consolidar um ecossistema digital mais seguro, transparente e socialmente responsável.
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