
Vodacom vai introduzir tecnologia 6G, Inteligência Artificial e outras inovações emergentes, para o mercado moçambicano
- Os nossos investimentos são transformadores para o sector das telecomunicações – Simon Karikari CEO d Vodacom Moçambique
- Acessibilidade dos dispositivos móveis é um desafio que limita uma expansão muito mais rápida das comunicações móveis
O sector de telecomunicações móveis em Moçambique tem passado por transformações significativas nas últimas décadas. Com investimentos contínuos em infraestrutura e inovação, empresas como a Vodacom têm desempenhado um papel fundamental na evolução do mercado, contribuindo para a competitividade, eficiência e acessibilidade dos serviços de telecomunicações.
O mercado de telecomunicações em Moçambique tem mostrado um crescimento robusto e dinâmico. Nos últimos 20 anos, por exemplo, a Vodacom Moçambique se estabeleceu como um centro de inovação, introduzindo tecnologias desde o 2G até o recente 5G, e lançando serviços financeiros digitais, como o M-Pesa. Este serviço financeiro tem facilitado transações para mais de 8 milhões de moçambicanos, ampliando a inclusão financeira no País.

Simon Karikari, CEO da Vodacom Moçambique, disse em entrevista ao “Semanário Económico”:
– “Desde que lançamos há 20 anos e começamos a desenvolver 2G em todo o país e depois começamos a desenvolver 3G. Nós também somos os primeiros a conseguir trazer 4G para Moçambique. E recentemente em 2023 lançamos o 5G que é uma solução realmente inovadora que é realmente destinada aos consumidores e empresas para avançar para uma solução digital”.
A implementação do 5G em 2023 marcou um novo capítulo na história das telecomunicações em Moçambique, oferecendo soluções avançadas tanto para consumidores quanto para empresas. Além disso, a Vodacom tem sido pioneira na oferta de serviços financeiros digitais, com o M-Pesa revolucionando a forma como os moçambicanos realizam transações financeiras.
Os investimentos em infraestrutura foram substanciais, com mais de US$ 470 milhões (cerca de 30 mil milhões de meticais) aplicados nos últimos 10 anos para expandir a cobertura de rede para 85% da população. Simon Karikari destacou: “Nós investimos muito, muito fortemente em Moçambique. Eu diria que nos últimos 10 anos sozinhos nós investimos mais de US$ 470 milhões em Moçambique expandindo nossa rede para todos os lados do país. Hoje nós temos uma cobertura de população de cerca de 85%”.

Desafios e Oportunidades
Disse ao João Carlos no ‘Tema de Fundo’ do “Semanário Economico”, que um dos principais desafios enfrentados pelo sector é a acessibilidade dos dispositivos móveis. O custo elevado dos aparelhos ainda é uma barreira significativa para muitos consumidores. Para enfrentar esse desafio, a Vodacom trabalha em estreita colaboração com o governo e reguladores para estruturar taxas e políticas que facilitem a importação e distribuição de dispositivos mais acessíveis.
Outro desafio que Simon apontou é a necessidade de ser encontrado um equilíbrio sustentável nas tarifas de telecomunicações. Embora Moçambique tenha uma das tarifas mais baixas da região, a necessidade de cobrir os custos de operação e expansão, especialmente em áreas rurais, exige um ajuste cuidadoso das tarifas. Simon Karikari explicou: “Nós precisamos fazer com que seja o que nós pagamos, pelo menos nós podemos recuperar o custo da produção. Se nós continuamos a pagar e não recuperamos o custo da produção isso faz com que seja muito difícil para nós realizar mais e mais investimentos futuros”.
Ambiente de Negócios
A relação positiva entre a Vodacom, o regulador e outros operadores do mercado tem sido um factor chave para o desenvolvimento do sector. Assume Karikari, exemplificando a colaboração na partilha da infraestrutura, como torres e fibra óptica, facto que, na sua opinião, tem ajudado a reduzir custos e aumentar a eficiência. Disse Karikari na entrevista que, a empresa também investe em centros de dados para garantir que os dados dos consumidores estejam disponíveis localmente, promovendo a segurança e a eficiência operacional.
Karikari ressaltou a importância dessa colaboração: “Nós temos uma relação muito boa com todos os nossos parceiros da indústria, incluindo o regulador, e a razão pela qual nós conseguimos criar uma relação tão forte é porque na Vodacom nós somos uma empresa muito completa. Nós nos certificamos que seguimos as regras e que estas funcionem para todos”.
Simon Karikari, debruçou-se sobre a sua visão do futuro do sector. E foi categórico: “O futuro do sector de telecomunicações móveis em Moçambique é promissor”. Espera-se que a evolução tecnológica continue em ritmo acelerado, com futuras implementações de 6G e outras inovações emergentes, como a inteligência artificial. A competitividade no mercado deverá aumentar com a entrada de novos players, como a Starlink, e a consolidação de operadores existentes.

O CEO da Vodacom Moçambique reiterou que a empresa está “comprometida em continuar seus investimentos no mercado moçambicano”, com planos de aplicar mais capital nos próximos anos para sustentar seu crescimento e liderança no sector. A empresa vê o crescimento económico de Moçambique e o aumento da população jovem e tecnológica como factores que impulsionarão seu sucesso contínuo.
Karikari expressou otimismo sobre o futuro: “Minha expectativa é que a Vodacom Moçambique cresça e continuará crescendo significativamente. Eu acho que nos últimos anos nós vimos um crescimento de GDP de cerca de 4%. E isso vai dirigir o nosso crescimento como Vodacom. Então as duas coisas que realmente dirigem o nosso crescimento são o crescimento de GDP e o crescimento da população”.
Simon Karikari assumiu que o sector das telecomunicações móveis em Moçambique está em uma fase crítica de desenvolvimento, com investimentos robustos e inovações tecnológicas consistente com as aspirações do país de deter uma condição vantajosas regional em conectividade.
Com a sua estratégia de inovação e sustentabilidade, Vodacom, diz estar “bem posicionada para continuar a contribuir significativamente para o desenvolvimento económico e social de Moçambique, promovendo uma conectividade acessível e de qualidade para todos os moçambicanos”.
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