O Zimbabwe vai começar a operar uma nova unidade na sua única central eléctrica a carvão até Março, disse na quarta-feira o Vice-ministro da Energia do País, proporcionando alívio a milhões de cidadãos abalados por frequentes cortes de energia nos últimos meses.

A nova unidade da central eléctrica Hwange irá elevar a capacidade instalada da nação africana em mais de 14% para 2400 megawatts. Espera-se que a próxima unidade entre em funcionamento pouco depois, disse Magna Mudyiwa, sem dar uma linha temporal.

Menos de metade dos 16 milhões de cidadãos do Zimbabwé têm acesso à electricidade, e um aperto global no financiamento de novas fontes de geração de electricidade a base de  carvão limitou a capacidade do País evitar cortes crónicos de energia que duraram até 18 horas nos últimos dias.

“Temos a capacidade de gerar até 2100 megawatts (MW)a partir das nossas fontes de energia, mas neste momento estamos a gerar muito menos do que isso..cerca de 1000MW”, disse Mudyiwa à Reuters.

“Mas a nossa procura de electricidade é de cerca de 1700MW, pelo que temos um grave défice”, disse ela.

A precipitação deficiente levou a um declínio na produção de energia hidroeléctrica, enquanto que a eficiência da única empresa de produção de carvão com décadas de existência baixou drasticamente ao longo do tempo, enquanto que a procura de energia aumentou nos últimos anos devido a uma maior actividade mineira e agrícola.

O Fundo Monetário Internacional considera a escassez de electricidade como um dos principais factores que pesam sobre as perspectivas de crescimento do Zimbabwé.

A falta de financiamento para a energia alimentada a carvão está a levar a economia dependente da mineração e da agricultura a importar energia dispendiosa dos vizinhos regionais, incluindo a Zâmbia e Moçambique.

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