Fronteira de Ressano Garcia voltou a ser nódoa e exemplo de mau servir na quadra festiva 

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  • Transacções eletrónicas também pautaram pela negativa com ocorrência de instabilidade e descontinuidades em meios de pagamento como ATM’s, POS e internet banking 
  • Principais pontos turísticos tiveram resultados significativamente positivos com taxas de ocupação a oscilar entre os 60 e os 100%.
  • Cabo Delgado com o registo mais fraco com as taxas de ocupação a não superarem os 25%
  • A CTA lançou um inquérito a nível nacional em finais de Dezembro, o qual foi respondido por cerca de 1000 empresas, cujo objectivo é monitorar o curso da quadra festiva e perspectivar toda a época alta do turismo.

A fronteira de Ressano Garcia, voltou a destoar na quadra festiva ao se colocar como um dos maiores constrangimentos enfrentados pelos turistas que usaram aquele ponto de entrada terrestre no País para desfrutarem a quadra festiva em território nacional.

“Houve registo de longas filas e, consequentemente longas horas de espera, não sendo garantida uma travessia em menos de 24 horas”. Disse o Presidente do Pelouro de Turismo da CTA, Muhammad Abdullah, na apresentação do balanco da quadra festiva feito por uma equipa multissectorial, na manha de hoje, 05/01, em Maputo.

“Alguns turistas que chegaram as primeiras horas só conseguiram atravessar, cerca das 20 horas”. Indicou Muhammad Abdullah, visivelmente agastado com a situação.

A situação é de veras preocupante para o sector privado: “A CTA estima que vários turistas tem estado a desistir de vir a Mocambique nestas alturas devido aos constrangimentos na fronteira”, revelou o representante da CTA.

“Perdemos turistas sul africanos devido ao congestionamento na fronteira. “A mesma situação, tem estado a se verificar no aeroporto de Mavalane, onde a busca de visto de fronteira provoca enchentes no espaço do aeroporto.” Acrescentou.

Referindo-se ao impacto do visto electrónico recentemente introduzido pelo Governo, Muhammad Abdullah disse que “o e-Visa, sem dúvida, que ajudou muito na entrada de turistas”, mas advertiu ser preciso “adoptar meios de pagamento eletrónico para facilitar o processo e evitar as enchentes nos pontos de entrada”.

Outro constrangimento enfrentado foi com as transacções eletrónicas: “a banca deve assegurar a interoperabilidade e prever a estabilidade dos seus sistemas para garantir a continuidade das transacções”, informou o empresário.

“os operadores reportam falhas constantes dos sistemas, tanto nas ATM’s como POS, incluindo o internet banking”.

Seja como for o empresariado nacional qualifica a última quadra festiva como tendo sido substancialmente positiva.

Dados revelados na ocasião indicam que, no geral os principais destinos turísticos registaram um pico de demanda e fluxo de turistas. Tofo, Vilanculos e Bilene, registaram 100% de taxa de ocupação nesse período e a cidade de Maputo esteve próxima disso, com cerca de 90%. Ponta de Ouro superou a fasquia dos 80%, entretanto, a norte, Nacala, Nampula e Pemba estiveram abaixo da média dos 60%. Sendo que Cabo Delgado, os dados são ainda mais baixos, não superando os 25% de taxa de ocupação.

Os dados representam melhoria comparativamente a quadra festiva anterior, dado que se atingiu uma taxa de ocupação média de 80% em 2022, contra menos de 60% em 2021.

“70% dos operadores turísticos consideram que a quadra foi boa, sendo que 45% reportaram melhorias significativas em termos de facturação”, segundo dados partilhados pelo responsável da CTA “Para o resto do verão os operadores são conservadores com expectativas moderadas, embora Bilene e Vilanculos considerarem terem reservas para sustentar uma taxa de ocupação próxima dos 100%”. Detalhou o Presidente do Pelouro Turismo da CTA, explicando ainda que há uma franja de turistas a passarem as suas ferias durante o mês de Janeiro.

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