África do Sul estuda forma de permitir a Eskom contrair dívida verde

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O Ministério das Finanças da África do Sul nomeou um consultor para apresentar um plano até Agosto para permitir que a empresa de serviços públicos Eskom aceite milhares de milhões em empréstimos destinados a ajudá-la a reduzir as suas emissões de carbono.

Países ricos, incluindo Reino Unido, França, Alemanha, União Europeia e Estados Unidos, comprometeram 8,5 mil milhões de dólares nas negociações climáticas da ONU em Novembro de 2021 para ajudar a África do Sul a reduzir suas emissões e acelerar a mudança do carvão, que fornece a maior parte de sua geração de electricidade.

Desse montante, mais de 3 mil milhões de dólares seriam emprestados à estatal Eskom, cuja infra-estrutura envelhecida e dívidas paralisantes submeteram o País aos piores apagões já registados.

Em Fevereiro, o Governo disse que assumiria parte da dívida da Eskom, mas com a condição de não contrair mais empréstimos por três anos, a menos que o Ministro das Finanças dê permissão por escrito.

Fontes ouvidas pela Reuters, disseram que as condições do Governo significam que as promessas internacionais de financiamento verde estão no limbo.

O Governo está a analisar “os melhores mecanismos para desembolsar o financiamento de 8,5 mil milhões de dólares do International Partners Group sem impactar negativamente o balanço da Eskom”, disse referindo-se ao consórcio de países e agências multilaterais que fornecem o financiamento.

PIOR CRISE ENERGÉTICA DE QUE HÁ REGISTO

A África do Sul está a atravessar a sua pior crise energética de que há registo, com défices de fornecimento de electricidade a levarem a cortes de energia planeados diariamente, com horas de duração.

De acordo com estimativas oficiais, a Eskom, que fornece mais de 80% da energia da África do Sul principalmente através de 15 centrais eléctricas a carvão, terá de investir mais de 7 mil milhões de dólares na sua rede de transmissão até 2027, que significa maior parte das despesas nos próximos quatro anos.

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