
Patrick Pouyanné: Situação de insegurança melhorou claramente, Projecto da Total Energies pode retomar ainda este ano
- TotalEnergies admite retoma do projecto da Área 1 Ainda Este Ano
Patrick Pouyanné, CEO da TotalEnergies afirmou perante analistas que considerava que a situação de insegurança que levou à suspensão dos trabalhos em 2021 “melhorou claramente”, o que permite o recomeço dos trabalhos na península de Afungi, província de Cabo Delgado, ainda este ano, de acordo com a Bloomberg
Segundo a fonte, considerando a evolução da situação de segurança no terreno, a TotalEnergies equaciona retomar as obras da construção da central de gás natural liquefeito (GNL) da Área 1, na bacia do Rovuma, ainda este ano, e que já está a trabalhar nesse sentido.
Em causa está um projecto cuja implementação foi interrompida em 2021, através da declaração de “força maior”, pelo consórcio, depois do ataque terrorista à vila-sede do distrito de Palma, a menos de 30 quilômetros do acampamento do projecto.
Os pronunciamentos do líder da TotalEnergies acontecem na mesma semana que o Ministro dos Recursos Minerais e Energia, Carlos Zacarias, afirmou que “já era sem tempo a retoma do projecto”, manifestando que tal acontecesse o mais breve possível.
“Almejamos pela retoma dos projectos da bacia do Rovuma, nomeadamente Mozambique LNG e Rovuma LNG, interrompidos no âmbito das decisões de força maior”, afirmou Carlos Zacarias na abertura, quarta-feira, 27 de Setembro em Maputo, da VIII Cimeira e Exposição de Gás e Energia de Moçambique.
Sobre o mesmo assunto, o “Diário Económico”, adianta que com o novo calendário agora em cima da mesa, o início da produção de gás num projecto de 20 mil milhões de dólares poderá acontecer em 2028, e dá um novo ânimo para o aumento dos pagamentos dos juros da dívida de 900 mil milhões de dólares, cujos juros passarão de 5% para 9% a partir de Março do próximo ano
“O recomeço dos projectos de GNL é crucial para os títulos de dívida”, comentou o chefe de investimentos na Capitulum Asset Management, Lutz Roehmeyer, uma gestora de fundos com sede em Berlim, citado pelo “Diário Económico”, acrescentando que “sem o recomeço das obras, uma nova reestruturação da dívida só é evitável se os mercados de capitais voltarem a abrir-se para África”.
A fonte recorda que a notícia do recomeço das obras surge na semana seguinte à agência de informação financeira Moody’s ter piorado a perspectiva de evolução da economia, de positiva para estável, mantendo o ‘rating’ oito níveis abaixo da recomendação de investimento.
“Mesmo com um programa de apoio financeiro do Fundo Monetário Internacional (FMI), as finanças de Moçambique continuam pressionadas, havendo registo de atrasos no pagamento da dívida interna e de dificuldades para pagar aos funcionários públicos”
Moçambique tem três projectos de desenvolvimento aprovados para exploração das reservas de gás natural da bacia do Rovuma, classificadas entre as maiores do mundo, sendo que estão localizadas ao largo da costa da província de Cabo Delgado.
Dois desses projectos têm maior dimensão e prevêem canalizar o gás do fundo do mar para terra, arrefecendo-o numa fábrica para depois o exportar por via marítima em estado líquido.
Um é liderado pela TotalEnergies (consórcio da Área 1) e as obras avançaram até à suspensão por tempo indeterminado, após o ataque armado a Palma, em Março de 2021, altura em que a energética francesa declarou que só retomará os trabalhos quando a zona estivesse segura. O outro é o investimento ainda sem anúncio à vista liderado pela ExxonMobil e Eni (consórcio da Área 4).
Um terceiro projecto concluído e de menor dimensão pertence também ao consórcio da Área 4 e consiste numa plataforma flutuante de captação e processamento de gás para exportação, directamente no mar, que arrancou em Novembro de 2022.
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