Os governos de Moçambique e do Malawi estão a preparar a construção de dois portos secos nos corredores da Beira, em Sofala, e Nacala, na província de Nampula, avanca esta segunda-feira, o jornal “Notícias”.

De acordo com o diário, que cita o Ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, no quadro da realização da reunião bilateral com o Ministro dos Transportes e Obras Públicas do Malawi, a ideia é maximizar a utilização das infra-estruturas dos corredores logísticos de que o país dispõe, no quadro das estratégias para a viabilização do projecto de comércio e conectividade da África Austral, para uma prosperidade económica com a livre circulação de pessoas e bens ao longo dos corredores acima referidos. 

Indica ainda o diário que, durante os encontros de trabalho, os dois governos discutiram a revisão e implementação integral do Corredor de Desenvolvimento da Beira, harmonização dos procedimentos e operações de transporte rodoviário entre os dois países, nomeadamente licenciamento, fiscalização e taxas rodoviárias, entre outros pontos.

“Estamos confiantes no trabalho desenvolvido pelas equipas técnicas e convencidos de que estão lançadas as bases para uma nova normalidade na cooperação e colaboração, da qual Moçambique espera resultados concretos para o desenvolvimento das duas economias e a melhoria da vida das comunidades”, disse.

O governante recordou que, recentemente, Moçambique, Malawi e Zâmbia assinaram um acordo tripartido sobre o transporte ferroviário e rodoviário, uma reafirmação, ao mais alto nível, da vontade dos três Estados em revitalizar o Corredor de Nacala.

Mateus Magala, Ministro dos transportes e Comunicações

Segundo Mateus Magala, o instrumento assinado faz parte do projecto de comércio e conectividade da África Austral visando fortalecer as operações do corredor e promover o desenvolvimento regional.

Com um orçamento global de cerca de US$ 280 milhões de dólares, financiado pelo Grupo Banco Mundial, o projecto de comércio e conectividade da África Austral representa a introdução de um novo paradigma de gestão para o Corredor de Nacala.

De acordo com a fonte, nesta perspectiva, a visão do país é operar reformas que permitam a transformação dos corredores de transporte em corredores económicos, por outras palavras, em espaços de desenvolvimento económico, promovendo a industrialização, a agricultura, o comércio, o turismo e outras actividades que possam gerar empregos de qualidade.

Recorde-se que estão prestes a iniciar os trabalhos físicos do porto seco de Macuse, na Zambézia, um projecto concebido em 2013, tendo o relatório de viabilidade sido concluído em 2015 e actualizado em 2017.

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