Petróleo estabiliza depois de cair quase 4% devido aos sinais de excesso de oferta
- As exportações russas por via marítima atingiram o valor mais elevado desde o início de Julho
- WTI negoceia abaixo dos 69 dólares por barril, perto do nível mais baixo desde Junho
O petróleo manteve-se estável na Ásia, depois de cair quase 4% na terça-feira, 12 de Dezembro, com o aumento da produção da Rússia e dos EUA aumentando as preocupações de que o mercado está a ficar com excesso de oferta.
A média semanal das exportações marítimas de petróleo bruto da Rússia saltou para o nível mais alto desde o início de Julho, enquanto os EUA aumentaram a sua estimativa para a produção deste ano.
O petróleo desceu cerca de um quarto desde o final de Setembro, com um recente aprofundamento dos cortes na produção por parte da OPEP+ a não conseguir travar a queda, uma vez que o mercado está céptico de que os membros do grupo irão aderir plenamente às reduções voluntárias. Para agravar as perspectivas pessimistas, prevê-se que o crescimento do consumo chinês abrande no próximo ano e que exista a possibilidade de uma recessão nos EUA.
A produção de petróleo bruto dos EUA em 2024 está prevista em 13,11 milhões de barris por dia, em comparação com os 13,15 milhões projectados em Novembro, afirmou a Administração da Informação sobre Energia nas suas perspectivas mensais. Os stocks de petróleo bruto a nível nacional caíram 2,3 milhões de barris na semana passada, enquanto os do centro de Cushing aumentaram 1,4 milhões, informou o American Petroleum Institute, de acordo com pessoas familiarizadas com os dados.
A OPEP divulga o seu relatório mensal sobre o mercado nesta quarta-feira, 13 de Dezembro, enquanto o Federal Reserve deverá também tomar a sua última decisão sobre a taxa de juro do ano. A Agência Internacional de Energia publicará um relatório regular na quinta-feira, 14 de Dezembro.
