
Prevalecem os desafios na valorização e retenção do capital humano nas organizações
A retenção de talentos é actualmente considerada um dos principais desafios na gestão do principal activo das organizações: as pessoas. Com efeito, a retenção de colaboradores motivados e produtivos tem exigido das lideranças um planeamento estratégico com acções pontuais que vão muito além da simples remuneração.
Encarada pelas organizações como um diferencial competitivo, a valorização e retenção de capital humano constitui um factor crucial para obtenção de resultados satisfatórios e, segundo especialistas da área de RH, envolve uma gestão de benefícios, um conjunto de estratégias, políticas e práticas que as empresas adoptam para manter seus colaboradores engajados com os objetivos da empresa.
“Como podem imaginar, a maioria das pessoas procuram trabalho pensando na remuneração e nos benefícios que ele tem. Muitas vezes não é o salário que prende um colaborador numa organização mas sim o benefício que essa organização apresenta”, destacou Iraci Jane, Directora de Consultoria da Tempus Global, grupo especialista em benefícios para funcionários, serviços relacionados e resseguro em África, comentando os principais resultados de uma pesquisa realizada pela organização que definiu como objectivo dotar os tomadores de decisão sobre questões relativas a recursos humanos de ferramentas que permitam ter uma perspectiva nova e mais precisa sobre o actual mercado de trabalho.
Segundo explicou, a valorização e retenção do capital humano exige um processo de gestão de benefícios por parte dos profissionais de RH e traduz-se, fundamentalmente, numa melhoria da “proposta de valor” que as organizações apresentam aos seus colaboradores: “O benefício nem sempre é em dinheiro. As vezes é o ambiente de trabalho, cultura organizacional, oportunidade de aprender coisas novas, de desenvolver os talentos pessoais…Então, é uma gama de questões”.

Olhando especificamente para o nosso mercado de trabalho, apesar dos progressos, explica a especialista, ainda prevalecem importantes desafios no desenho e implementação de uma gestão de benefícios para uma maior valorização do capital humano. Esta realidade é evidenciada pelas altas taxas de rotatividade ao nível das organizações.
Com efeito, segundo dados da “Pesquisa Nacional de Benefícios e Gestão de Capital Humano”, desenvolvida pela Tempus Global com base em informações fornecidas por 40 organizações do País, incluindo 101 empresas privadas, 34 ONGs, e 5 empresas públicas, a taxa de rotatividade no mercado nacional ainda é consideravelmente alta, cerca de 8%, com importantes impactos sobre a produtividade e competitividade das empresas: “Do ponto de vista de produtividade é muito impactante porque a organização forma, investe no treinamento, tecnologia e depois ela perde”, frisou.
Neste contexto, as organizações são desafiadas a melhorar os seus processos de gestão de RH, orientando-os para uma maior valorização e retenção dos seus colaboradores, melhorando a sua proposta de valor não só para assegurar a sua competitividade no mercado mas também para a atracção de investimentos pois, conforme explicou, “Quando uma nação tem um bom índice do nível das pessoas ela é atractiva para o investimento”.
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