Programas de recursos humanos começam a ganhar expressão

_Os programas de recursos humanos estão a ganhar cada vez mais espaço nas organizações. Não obstante progressos, prevalecem desafios na implementação dessas iniciativas.

Esta é a conclusão da Terceira Edição do Estudo de Recursos Humanos em Moçambique, um resultado de um trabalho conjunto entre a consultora de desenvolvimento organizacional Flow Group e as empresas e profissionais que actuam no mercado, numa análise sobre o panorama dos recursos humanos no país.

Assiste-se, fundamentalmente, a uma evolução contínua na prática de gestão de recursos humanos nas organizações, com as lideranças a priorizar cada vez mais acções sistemáticas e estratégicas voltadas a gestão das suas pessoas.

“De facto, o país desenvolveu-se muito nos últimos dez anos ao nível dos programas de recursos humanos”, destacou Pedro Santos, Country Manager do Grupo em Moçambique, falando ao “O.ECONÓMICO” em torno dos principais resultados do estudo.

Embora a tendência geral seja de um avanço significativo na adopção dos programas de gestão de RH, o seu nível de importância/priorização nas organizações não é o mesmo. Por exemplo, em 2021, ano coberto pelo estudo que contemplou cerca de 100 organizações de diversos sectores de actividade em operações no mercado nacional, a Gestão de Desempenho, Retenção de Talentos e Formação e Capacitação estiveram no topo das prioridades dos gestores enquanto alguns programas como a Diversidade e inclusão e RH digital mereceram relativamente pouca atenção.

A Gestão de Desempenho, que já ocupava o segundo lugar na ordem de prioridades nos últimos dois estudos do Grupo, avançou, continuou em lugar de destaque no ano transacto, resultado do reconhecimento do facto de que as organizações que usam de forma efectiva a gestão de desempenho conseguem um maior engajamento por parte dos seus colaboradores, na medida em que: “as organizações que realmente usam a gestão de desempenho como uma forma de promover os seus talentos, claramente depois destacam-se das demais”, ajustou.

 “Hoje em dia as empresas têm estes programas. Acho que o desafio agora aplicá-los da forma correta”, frisou. Segundo explicou, na prática, ainda existe um “gap” entre a adopção e a implementação efectiva dos programas de gestão de RH, uma realidade que é evidenciada pela diferença de avaliação de CEO´s, para directores de recursos humanos e o resto da organização: “Vê-se diferença de pontuação e essas diferenças têm muito a ver com o programa existe, mas quão bem ou não está a ser bem implementado”, destacou.

Segundo explicou, a comunicação, transparência e capacitação constituem factores cruciais para aumentar o engajamento ao nível da base das organizações e obter sucesso na implementação dos programas: “Então, é muito importante haver uma educação da força de trabalho acerca do que existe, como é que funciona, qual é o papel dos profissionais, qual é o papel dos RH´s, para as pessoas terem um pouco mais de clareza de como é que é o processo. Isto leva algum tempo, portanto, não é algo que se faz de um dia para o outro”, concluiu.

Particularmente no nosso contexto, a Flow Group, uma firma especializada no desenvolvimento organizacional, tem estado a disponibilizar soluções que ajudam as organizações a conceber e implementar os seus programas de cultura organizacional.(OE)