Um dos grandes desafios e anseios relativamente a exploração do LNG no nosso país é a sua monetização, vista como o elemento que irá permitir maiores impactos socioeconómicos positivos sobre a estrutura económica do país, incluindo bases para a industrialização ou fomento do sector produtivo de pequena e media dimensão.

Na busca desse desiderato a ENH, enquanto braço empresarial do Estado no sector dos hidrocarbonetos, rubricou um memorando de entendimento com a SAIPEM que define os termos da cooperação entre as partes visando agregação de valor ao gás natural do projecto Mozambique LNG, da Área 1, da Bacia do Rovuma.

O objectivo prosseguido é precisamente a agregação de valor comercial ao recurso e o seu uso para o desenvolvimento da indústria nacional. A instalação de uma fábrica de metanol, um importante solvente industrial também usado na fabricação de combustíveis e plásticos será, nesta fase inicial, a principal aposta do processo de monetização.

A empreitada, nos termos do memorando assinado, será precedida por um estudo de viabilidade que deverá determinar a sustentabilidade financeira, económica e ambiental do projecto cujos resultados deverão ser conhecidos em Novembro deste ano.

Provada a viabilidade do projecto, passar-se-á a fase de instalação da fábrica, em que será desenvolvido com base no gás doméstico a ser disponibilizado pelo projecto Mozambique LNG.

Com investimento de 20 mil milhões de dólares, ao todo, o Mozambique LNG vai disponibilizar 400 milhões de pés cúbicos padrão de gás natural por dia (mmscfd) para o desenvolvimento de projectos de industrialização do país.

A instalação da indústria pela italiana Saipem e a ENH empresa nacional de petróleo e gás é apenas um exemplo das pretensões do Governo na monetização dos recursos do sector, sendo esperados outros impactos em termos de transferência de conhecimento; desenvolvimento do conteúdo local e o crescimento da economia nacional.(OE)

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