CFM Reforça Frota Com Duas Novas Locomotivas Num Investimento De US$ 35 Milhões

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Parceria com Índia, BAD e banca nacional consolida modernização e competitividade do sector logístico moçambicano

Questões-Chave:
  • Foram inauguradas duas novas locomotivas de carga, parte de um lote de 10 unidades, orçado em cerca de USD 35 milhões;
  • O financiamento contou com o apoio do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e da banca nacional (Standard Bank e BCI);
  • O Governo da Índia forneceu as locomotivas, reafirmando a parceria estratégica em infra-estruturas;
  • A frota dos CFM passa para 40 locomotivas, com impacto imediato no tráfego regional com a África do Sul e o Zimbabué;
  • O Governo considera o sector logístico um pilar da nova matriz económica do país.

Os Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) inauguraram, em Maputo, duas novas locomotivas de carga, integradas num lote de dez unidades cujo investimento global ascende a USD 35 milhões, reforçando a modernização do sector logístico e a sua capacidade de resposta à procura nacional e regional.

O acto de inauguração, realizado no quadro do primeiro Conselho Coordenador do Ministério dos Transportes e Logística, contou com a presença do Ministro João Matlombe, que sublinhou o carácter estratégico deste investimento para a competitividade da economia moçambicana.

Segundo o PCA dos CFM, Agostinho Langa Júnior, a aquisição destas locomotivas responde à crescente procura de tráfego, em particular das cargas provenientes da África do Sul e do Zimbabué. Desde Abril, um acordo permite ao CFM operar em linhas zimbabueanas, estendendo-se já de Chicualacuala a Rutenga e de Machipanda a Marondera. “É um orgulho para nós operar dentro do sistema ferroviário do Zimbabué, porque representa não só a expansão do nosso serviço, mas também o crescimento da nossa empresa”, declarou.

PCA dos CFM, Agostinho Langa Júnior

Com as novas unidades, a frota do CFM ascende agora a 40 locomotivas, distribuídas entre o sul e o centro do país. A meta é substituir progressivamente locomotivas alugadas e reduzir a circulação de camiões pesados nas estradas nacionais, em especial na N4, um dos principais corredores de exportação.

O investimento foi possível graças ao apoio do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e dos bancos nacionais Standard Bank e BCI, parceiros reconhecidos publicamente pelo PCA. O Governo da Índia surge igualmente como actor fundamental, ao assegurar a entrega do material circulante num quadro de cooperação já consolidado. “Queremos continuar a desenvolver esta relação estratégica, não só no sector ferro-portuário, mas também noutras áreas de infra-estruturas”, reforçou o Ministro João Matlombe.

Na sua intervenção, o Ministro destacou que estas locomotivas representam mais do que simples activos físicos: “São motores de desenvolvimento. Cada quilómetro percorrido será um quilómetro de oportunidades de emprego, de integração regional e de crescimento económico.” Sublinhou ainda que a logística é um dos pilares da nova matriz económica de Moçambique, aproveitando a localização geoestratégica do país para se afirmar como solução logística da África Austral.

João Jorge Matlombe, Ministro dos Transportes e Logística

O plano prevê que sete novas locomotivas sejam entregues até ao final de 2025 e a décima no primeiro trimestre de 2026, completando o lote. “Estamos a investir de forma concreta na transformação estrutural do sector logístico”, acrescentou o Ministro.

Para além do impacto económico, os CFM assumem a responsabilidade social de manter o transporte de passageiros como parte integrante da sua missão, usando os resultados da actividade ferroviária para apoiar escolas, hospitais e iniciativas desportivas.

Com este reforço da frota, os CFM consolidam a sua posição como operador de referência regional, alinhando-se com o objectivo governamental de transformar a logística num motor de crescimento inclusivo e sustentável para Moçambique.

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