
Dubai quer incluir Moçambique na expansão do seu sector privado global
- Comércio bilateral não petrolífero cresceu 47% em 2024, totalizando 1,3 mil milhões USD;
- 80 empresas moçambicanas estão actualmente registadas na Câmara de Comércio de Dubai;
- Dubai destaca sectores como trigo, automóveis, telemóveis, peixe congelado e têxteis como alvos de exportação;
- Moçambique oferece oportunidades em agro-indústria, energia, turismo, madeira, embalagem e habitação;
- Fórum contou com a participação de 19 empresas de Dubai e entidades como APIEX e Ministério da Economia.
A Câmara de Comércio de Dubai promoveu, em Maputo, o fórum empresarial “Doing Business with Mozambique”, consolidando a sua estratégia de internacionalização com forte aposta no mercado moçambicano. O comércio bilateral não petrolífero atingiu 1,3 mil milhões de dólares em 2024 e a missão identificou áreas como agro-processamento, energia, turismo e indústria transformadora como prioridades para o investimento directo de empresas dos Emirados.
O reforço dos laços económicos entre Moçambique e os Emirados Árabes Unidos ganhou novo impulso com a realização, em Maputo, do fórum empresarial “Doing Business with Mozambique”, promovido pela Câmara de Comércio de Dubai, em parceria com a Câmara de Comércio de Moçambique, a APIEX, o Ministério da Economia, a Embaixada dos EAU e o Consulado-Geral de Moçambique no Dubai.
De acordo com Mohammad Ali Rashed Lootah, Presidente e Director Executivo da Dubai Chambers, “o comércio não petrolífero entre Dubai e Moçambique alcançou 1,3 mil milhões de dólares em 2024, reflectindo um crescimento de 47% face ao ano anterior”, sublinhando o dinamismo da relação bilateral e o interesse crescente das empresas do Golfo no mercado africano.
Lootah explicou que 80 empresas moçambicanas já são membros activos da Câmara de Comércio de Dubai, representando um aumento de 48% em relação ao ano anterior. Só no primeiro trimestre de 2025, 11 novas empresas moçambicanas juntaram-se à rede.
Áreas prioritárias e complementaridades estratégicas
A missão empresarial de Dubai integrou 19 empresas com actuação nos sectores de electrónica, energia, têxteis, mobilidade, retalho, embalagem e soluções industriais. Os investidores manifestaram particular interesse nas oportunidades disponíveis em energia renovável, agro-indústria, turismo e habitação, mas também em sectores como processamento de madeira e impressão.
Por seu lado, Moçambique oferece vantagens competitivas ligadas à sua localização estratégica, recursos naturais abundantes, biodiversidade costeira e necessidade urgente de infra-estruturas modernas, conforme destacou Álvaro Massingue, Presidente da Câmara de Comércio de Moçambique, na sua intervenção no fórum.
“Moçambique tem necessidades, e Dubai tem soluções. Precisamos de know-how em gestão de cadeias de valor, sistemas logísticos e financiamento estruturado. A complementaridade é clara e este encontro deve marcar o início de uma nova fase de colaboração mútua e prosperidade partilhada”, declarou Massingue.
Dubai como plataforma de internacionalização para Moçambique
Lootah defendeu que as empresas moçambicanas devem usar o Dubai como plataforma de lançamento para aceder a mercados globais. “Estamos prontos para apoiar as exportações moçambicanas através da nossa rede internacional e infra-estrutura de classe mundial”, afirmou.
Além de Maputo, a Dubai Chambers mantém sete escritórios regionais em África, que servem como pontos de apoio logístico, comercial e institucional para empresas interessadas em expandir para o Médio Oriente, Ásia e Europa via Dubai.
O Fórum “Doing Business with Mozambique” representou mais do que um encontro bilateral. Confirmou o alinhamento entre agendas empresariais que buscam crescimento mútuo, diversificação e internacionalização. Com uma parceria reforçada, Moçambique e Dubai posicionam-se para construir um eixo estratégico de investimento entre África Austral e o Golfo Árabe.
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