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Duplicação da ferrovia Maputo-Ressano Garcia: Segunda fase aposta no crescimento logístico

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A ferrovia Maputo-Ressano Garcia entra na segunda fase do projecto de duplicação, uma iniciativa que promete transformar o transporte de carga no sul de Moçambique e impulsionar as exportações do país. Este avanço, liderado pela empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), é uma resposta directa à crescente demanda pelo sistema ferro-portuário da região, particularmente para servir os mercados industriais e mineiros da África do Sul e países vizinhos.

A primeira fase, concluída em Setembro de 2024, já demonstrou resultados expressivos, aumentando a capacidade de transporte para 13 milhões de toneladas métricas por ano. Com o início da segunda fase, a previsão é atingir 24 milhões de toneladas métricas anuais, o que representa uma contribuição significativa para o comércio regional e internacional.

Este projecto, avaliado em cerca de 80 milhões de dólares na sua primeira fase, inclui não apenas a duplicação da linha, mas também melhorias no terminal ferroviário de passageiros na Estação Central de Maputo e a expansão de infra-estruturas logísticas críticas, como o estaleiro de Ressano Garcia. O objectivo é integrar de forma mais eficiente os fluxos de carga destinados aos mercados externos e assegurar que Moçambique se consolide como um eixo estratégico no corredor sul-africano.

A aposta da CFM não se limita à melhoria da capacidade física da ferrovia. A empresa pretende seleccionar serviços de consultoria especializada para a gestão e supervisão do projecto, garantindo o cumprimento de padrões internacionais em segurança, eficiência e sustentabilidade ambiental. Parte do financiamento para a segunda fase será assegurado por parceiros como a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), reforçando a dimensão internacional do empreendimento.

Além do impacto directo no transporte de carga, o projecto traz benefícios económicos e sociais para as comunidades ao longo da linha. Com o aumento do tráfego ferroviário, espera-se uma redução significativa nos custos de transporte e um alívio na pressão sobre as infra-estruturas rodoviárias, contribuindo para a redução de acidentes e emissões de carbono.

Nos últimos cinco anos, os investimentos no sector ferroviário em Moçambique têm sido uma prioridade estratégica para responder à crescente demanda logística. O projecto da ferrovia Maputo-Ressano Garcia é mais um exemplo do compromisso do país em melhorar as suas infra-estruturas e reforçar a integração regional.

Com a conclusão desta segunda fase, a ferrovia Maputo-Ressano Garcia poderá atingir níveis recorde de eficiência e produtividade, consolidando o papel de Moçambique como um actor-chave no comércio regional. No entanto, desafios relacionados com a gestão de recursos, monitoria ambiental e coordenação logística continuam a exigir atenção rigorosa para assegurar o sucesso a longo prazo.

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