Economia nacional deverá crescer 5% em 2023
_As perspectivas apontam para consolidação do processo de recuperação da economia da recessão registada em 2020. Segundo as projecções do Cenário Fiscal de Médio Prazo, a dinâmica do crescimento da economia está condicionada aos desenvolvimentos no sector de Oil&Gas, mais concretamente o início da produção e exportação do gás natural da Área 4-Projecto Coral Sul no quarto trimestre de 2022.
O Governo prevê que a taxa de crescimento da actividade económica acelere para 5% em 2023, 2,1 pontos percentuais acima da taxa de crescimento “mais moderada” de 2,9% esperada para este ano.
Ao nível dos sectores económicos, além da indústria extractiva, que deverá registar um crescimento de 23,1%, agricultura e a construção deverão influenciar significativamente o desempenho da economia ao longo do próximo ano, registando taxas de crescimento na ordem de 5,2 e 5,0%, respectivamente.
Paralelamente, prevê-se um fortalecimento de todas as componentes da procura agregada, com destaque para o consumo privado, a medida em que são levantadas as restrições de contenção da propagação da COVID-19, e as exportações, com a abertura dos mercados e o início de produção do gás natural.
Relativamente o médio prazo, embora prevaleçam algumas incertezas no plano externo e interno, com destaque para a evolução da pandemia da COVID-19, as preocupações com o conflito russo-ucraniano e a instabilidade no norte do país, o Governo mantém um tom optimista, descortinando uma taxa de crescimento económico média na ordem de 6,4% ao ano, “a ser influenciado pelo fim da situação de calamidade pública que permitirá a expansão da actividade do sector produtivo e a previsão de início da produção e exportação do gás natural”.
No que refere a inflação, “os preços dos produtos alimentares e administrados continuarão a ser os motores das tendências inflacionárias no médio prazo”, alerta.
Para o ano em curso, prevê-se que os preços estabilizem em torno de uma taxa média de 7%, acelerando para 7,7% em 2023, impulsionada principalmente pela pressão na procura com o relaxamento das restrições e o aumento dos preços internacionais de combustíveis e cerais no mercado internacional.(OE)
