Emprego na África do Sul recupera, ultrapassa níveis anteriores à Covid-19

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  • Taxa de desemprego desce para 31,9% no terceiro trimestre, contra 32,6%
  • A maioria dos postos de trabalho foi criada nos sectores das finanças e dos serviços sociais

O emprego na África do Sul ultrapassou o nível  anterior à pandemia do coronavírus, graças ao impulso dos sectores das finanças e dos serviços comunitários e sociais que criaram postos de trabalho.

O número de pessoas empregadas situou-se em 16,7 milhões nos três meses até Setembro, ultrapassando o número registado antes da pandemia, segundo dados divulgados pelo instituto de estatística da África do Sul na capital, Pretória, na terça-feira, 14 de Novembro. A taxa oficial de desemprego diminuiu mais do que o esperado para 31,9% no trimestre, contra 32,6% nos três meses anteriores. A estimativa mediana de cinco economistas num inquérito da Bloomberg era de 32,5%.

O desemprego, de acordo com a definição alargada do Governo, que inclui as pessoas que estão disponíveis para trabalhar mas não procuram emprego, situou-se em 41,2%, em comparação com 42,1% no trimestre de Junho.

O desemprego persistentemente elevado constitui uma ameaça para a estabilidade social na economia mais industrializada de África e complica os esforços para cobrar mais impostos, reduzir o défice orçamental e abrandar o crescimento da dívida.

Na África do Sul, o Ministério das Finanças tem também enfrentado dificuldades em deixar de financiar um subsídio de assistência social – uma prestação social que o Governo começou a conceder às famílias com baixos rendimentos durante a pandemia do coronavírus.

Na sua declaração de política orçamental a médio prazo de 1 de Novembro, o Ministério das Finanças, atribuiu 33,6 mil milhões de rands (US$ 1,8 mil milhões de dólares) para que o subsídio mensal de 350 rands fosse prorrogado até Março de 2025, alertando para o facto de que qualquer nova prorrogação ou substituição exigiria novas fontes de receitas ou a redefinição de prioridades noutras rubricas de despesas.

A taxa de desemprego da África do Sul tem estado acima dos 30% desde o auge da pandemia em 2020, alimentada por cortes de energia contínuos instituídos pela Eskom Holdings SOC Ltd. e por restrições logísticas, que prejudicaram o crescimento económico.

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