ENH Assume Totalidade da ENH-KOGAS e Avança com Expansão da Rede de Gás Natural

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Governo moçambicano aposta na inclusão energética e na cooperação com a Coreia do Sul para alinhar exploração de hidrocarbonetos à transição energética

Questões-Chave:
  • ENH adquire 100% das acções da ENH-KOGAS, passando a controlar a distribuição de gás natural em Maputo e Marracuene;
  • Participação da KOGAS, avaliada em 10,9 milhões de dólares, será paga em três prestações até Janeiro de 2026;
  • Plano prevê expansão da rede até 2027, com possibilidade de extensão a outras regiões do país;
  • Memorando de Entendimento com a KOGAS foi revisto, incluindo formação, transferência de tecnologia e promoção de investimentos;
  • Objectivo do Governo: massificar o acesso das famílias ao gás canalizado, reduzir custos e reforçar a segurança no consumo de energia.

A Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) passou a deter a totalidade das acções da ENH-KOGAS, empresa responsável pela distribuição de gás natural em Maputo e Marracuene. A operação, avaliada em 10,9 milhões de dólares, enquadra-se na estratégia nacional de garantir maior acessibilidade energética às famílias moçambicanas e de alinhar a exploração de hidrocarbonetos com a política de transição energética do país.
De acordo com o porta-voz do Governo, Inocêncio Impissa, a decisão “visa assegurar maior acessibilidade e abrangência na distribuição de gás às populações moçambicanas, com impacto na redução de custos e aumento da segurança no consumo de energia”.

A KOGAS Moçambique, de capitais sul-coreanos, que detinha 70% das acções, alienou a sua participação, cabendo agora à ENH assumir todos os direitos, responsabilidades e obrigações da sociedade. O pagamento será efectuado em três prestações — Setembro e Novembro de 2025, e Janeiro de 2026.

Com o controlo total da empresa, a ENH planeia expandir a rede de gás canalizado até 2027 e admite a possibilidade de levar o serviço a outras regiões do país. Actualmente, a distribuição abrange maioritariamente indústrias e hotéis, mas o Executivo quer “ampliar o acesso à população em geral, garantindo maior inclusão energética”.

Em paralelo, foi aprovada a revisão do Memorando de Entendimento entre a ENH e a Korea Gas Corporation (KOGAS), prevendo troca de informações técnicas e científicas, formação de quadros moçambicanos em engenharia, operação de terminais e segurança, bem como promoção de investimentos e estudos de viabilidade para novos projectos de gás natural liquefeito (GNL).

“O memorando é mais do que um documento técnico. É um sinal de que Moçambique está a preparar o seu futuro energético com parceiros que trazem valor real, tecnologia, formação e acesso a mercados internacionais”, afirmou Impissa.

O Governo sublinhou também que a massificação do gás natural canalizado reduzirá a dependência de botijas e transporte, priorizando o consumo interno antes da exportação. Além disso, destacou que a instalação de bombas e distribuição de gás veicular constituem uma oportunidade para o sector privado, ficando ao Estado o papel de criar condições legais e políticas.Impissa concluiu frisando que a prioridade nacional é garantir que “o gás moçambicano contribua para a industrialização, geração de empregos qualificados, diversificação da economia e financiamento de políticas sociais, sempre respeitando os compromissos ambientais internacionais”.

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