Foi na cidade da Beira, Província de Sofala, que A GAPI apresentou, , um instrumento de financiamento focado na resiliência de Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs) afectadas por ciclones e pandemias.

Trata-se de um Fundo de Resiliência, cujo valor inicial é de 4.5 milhões de dólares norte-americanos e é co-financiado pela USAID – Agência dos Estados Unidos para Desenvolvimento Internacional.

Mary Hobbs, representante da USAID disse na ocasião: “este fundo é importante, porque vai beneficiar quase 3.000 empresas, com enfoque às das províncias de Sofala, Cabo Delgado e Nampula”. Hobbs realçou também o carácter rotativo do fundo, o que vai permitir maior abrangência.

Por constituírem os negócios que enfrentam barreiras consideráveis no acesso a serviços financeiros formais, o Fundo irá priorizar empresas de pequena escala, na cadeia de valor agrícola e nos sistemas alimentares, sobretudo as que sejam propriedade ou geridas por mulheres e jovens.

Rafael Uaiene, PCA da GAPI, referiu-se ao evento de “capital importância para as Micro, Pequenas e Médias Empresas e, quiçá, para o sistema financeiro nacional, pelo que vos convidamos a se juntarem a nós, neste desafio cada vez mais premente de dotar o País de instrumentos e mecanismos que ajudem às MPMES a serem mais resilientes às calamidades naturais que grassam, cada vez mais, a nossa região e o nosso País, em particular.

Ao que O.Económico conseguiu apurar,  o Fundo de Resiliência MPMEs contém, principalmente, uma componente de crédito com taxas de juro bonificadas. O desenho do instrumento financeiro foi em grande medida inspirado na experiência desenvolvida pela GAPI, quer no pós cheias de 2000 no Sul de Moçambique, quer na intervenção que realizou nas semanas seguintes aos ciclones Idai e Kenneth, contando com apoio financeiro da DANIDA. Alguns dos beneficiários dessa intervenção da Gapi no pós-Idai estiveram presentes no evento, juntamente com mais de uma centena de outros convidados.