Governo concessiona espaços ao sector privado nos aeroportos nacionais

O projecto inclui a construção de hotéis, espaços para eventos, parques de estacionamento, serviços de apoio à navegação aérea, aluguer de viaturas, estações de combustíveis e lavagem de viaturas.

Aliás, esta decisão veio a responder uma das grandes preocupações dos especialistas no ramo do turismo, pois já advertiam sobre a necessidade dos aeroportos nacionais transformarem-se em mini-cidades aeroportuários com infra-estrutura de apoio ao turismo.

Zacarias Sumbana – Economista e Gestor de Turismo

“Hoje em dia os aeroportos já não são simplesmente local de passagem, parecem umas pequenas cidades que existem ai dentro por causa do movimento das pessoas que estão a fazer turismo, executivamente tem que fazer compras e até tem locais de as pessoas fazerem suas prensas nos aeroportos”, avança Zacarias Sumbana, Economista e Gestor de Turismo

Quanto aos desafios impostos pelo alinhamento entre os sectores de transporte aéreo e turismo, de forma a alcançar os benefícios da sua interligação, o Administrador da Empresa Pública Aeroportos de Moçambique, Saíde Júnior, assegurou ao Semanário Económico que a Empresa Aeroportos de Moçambique está preparada face aos mesmos.

O Presidente do Conselho de Administração da Empresa Aeroportos de Moçambique, Emanuel Chaves, disse que investir de forma interligada no sector de transporte e carga aérea e turismo constitui um instrumento fulcral para alcançar objectivos macroeconómicos.

Emanuel Chaves -PCA dos Aeroportos de Moçambique

“O transporte aéreo, tal como o turismo e carga aérea, proporcionam uma grande oportunidade de emprego para os cidadãos de um país, permitindo que ela possa ser usada como um instrumento de governação para alcançar um objetivo macroeconómico que é o de criar emprego”, defendeu Chaves.

Para Tomás Matola, PCA do BNI, o primeiro sector que se beneficia do sector de transporte aéreo é o turismo.

Tomás Matola – PCA do BNI

“O sector de transporte aéreo, quer de passageiro quer de carga, é extremamente chave para o desenvolvimento da economia como um todo em virtude das ligações intersectoriais que este sector tem”, assumiu Matola.

Trata-se de uma medida que constitui uma oportunidade para a Empresa Pública Aeroportos de Moçambique a superar as dificuldades de sustentabilidade que grande parte das empresas públicas e participadas pelo Estado enfrentam actualmente.