- Especulação e falta de credibilidade, aspectos que o sector precisa combater, referem especialistas do ramo. Parece que o ambiente de certa desordem tem vindo a comprometer investimentos no imobiliário e a inibir um crescimento consistente deste ramo. O sector reclama uma regulação e ambiente institucional adequado, para que o seu contributo social e económico esteja dentro do desejado. Os agentes económicos do ramo, acham por isso ser urgente a implementação de algumas reformas. Um estudo da Key Value Consultores, evidencia o peso substancialmente económico do sector imobiliário. Com efeito, o subsector residencial tem actualmente um valor de mercado de cerca de US $1,3 biliões, com um investimento de cerca de US$750 milhões, estimando-se um contributo de cerca de US$2,7 milhões em IPRA. A área de escritórios em Maputo gera de rendas cerca de US$50,0 milhões por ano e cerca de $8,5 milhões de IVA. Foram realizados nesta área, em específico, investimentos avaliados em cerca de US$ 380 milhões. “Em 10 anos podemos estar a falar num investimento total no sector imobiliário de cerca de $1,5 biliões em Maputo que para um mercado emergente é muito interessante”, destaca João Catela. Referindo-se a situação no resto do País, o nosso entrevistado indicou que “nas províncias deveremos estar num valor de cerca de $500 milhões” Em entrevista ao "O.Económico", sobre o desempenho e tendências do sector imobiliário moçambicano, João Catela, consultor imobiliário e partner da "Keyvalue consultores", disse que o sector precisa de reformas institucionais e macroeconómicas, “só assim é que se pode pensar num crescimento sustentável deste sector”. Analisando a conjuntura do “imobiliário” Gonçalo Marques, partner da Real Estate Consulting, uma agência consultora do sector imobiliário, destaca a informalidade prevalecente no sector. “O facto de ainda existirem muitos operadores informais no agenciamento imobiliário, cria disrupções”, pois no seu entender, “por não obedecerem aos standards e normas sectoriais, fazem com que a percepção quanto a credibilidade e confiança seja muito baixa”. “É por estas e outras razões que se justifica a regulação do sector com vista a padronizar os serviços prestados e tornar o sector mais credível e menos especulativo, e por via disso crescer de forma consistente”, frisou Gonçalo Marques. Apesar das adversidades, imobiliário regista um crescimento significativo As mais recentes adversidades sociais, económicas e de saúde publica, vieram pressionar o sector que já se encontrava deprimido. Apesar desse impacto negativo provocado pelas recentes crises, os operadores do sector convergem na ideia de que o sector imobiliário moçambicano registou nos últimos 10 anos crescimentos significativos e que foi ela a década do despontar desse sector. João Catela, faz notar que do total dos 250 mil metros quadrados do parque imobiliário existente actualmente em Maputo, 200 mil foram construídos nos últimos 10 anos. Este crescimento dos últimos 10 anos, para Gonçalo Marques, foi resultado do aumento de procura por escritórios para as operações dos projectos de petróleo e gás, pela entrada massiva de ONG´s e o aumento de empresas de construção civil.

Imobiliário quer reformas urgentes

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Parece que o ambiente de certa desordem tem vindo a comprometer investimentos no imobiliário e a inibir um crescimento consistente deste ramo.  O sector reclama uma regulação e ambiente institucional adequado, para que o seu contributo social e económico esteja dentro do desejado. Asssim, os agentes económicos do ramo, acham por isso ser urgente a implementação de algumas reformas.

Um estudo da Key Value Consultores, evidencia o peso substancialmente económico do sector imobiliário. Com efeito, o subsector residencial tem actualmente um valor de mercado de cerca de US $1,3 biliões. Com um investimento de cerca de US$750 milhões, estima-se que o seu contributo ascende aos US$2,7 milhões em IPRA.

A área de escritórios em Maputo gera de rendas cerca de US$50,0 milhões por ano e cerca de $8,5 milhões de IVA. Do mesmo modo, foram realizados nesta área, em específico, investimentos avaliados em cerca de US$ 380 milhões. “Em 10 anos podemos estar a falar num investimento total no sector imobiliário de cerca de $1,5 biliões em Maputo. Que para um mercado emergente é muito interessante”, destaca João Catela.

Referindo-se a situação no resto do País, o nosso entrevistado indicou que “nas províncias deveremos estar num valor de cerca de $500 milhões”.

_Especulação e falta de credibilidade, aspectos que o sector precisa combater, referem especialistas do ramo

Em entrevista ao “O.Económico”, sobre o desempenho e tendências do sector imobiliário moçambicano, João Catela, consultor imobiliário e partner da “Keyvalue consultores, disse que o sector precisa de reformas institucionais e macroeconómicas, “só assim é que se pode pensar num crescimento sustentável deste sector”.

Analisando a conjuntura do “imobiliário” Gonçalo Marques, partner da Real Estate Consulting, uma agência consultora do sector imobiliário, destaca a informalidade prevalecente no sector.  “O facto de ainda existirem muitos operadores informais no agenciamento imobiliário, cria disrupções”, pois no seu entender, “por não obedecerem aos standards e normas sectoriais, fazem com que a percepção quanto a credibilidade e confiança seja muito baixa”.

“É por estas e outras razões que se justifica a regulação do sector com vista a padronizar os serviços prestados e tornar o sector mais credível e menos especulativo, e por via disso crescer de forma consistente”, frisou Gonçalo Marques.

_Apesar das adversidades, imobiliário regista um crescimento significativo

As mais recentes adversidades sociais, económicas e de saúde pública, vieram pressionar o sector que já se encontrava deprimido.

Apesar desse impacto negativo provocado pelas recentes crises, os operadores do sector convergem na ideia de que o sector imobiliário moçambicano registou nos últimos 10 anos crescimentos significativos e que foi ela a década do despontar desse sector. Em conclusão, João Catela, faz notar que do total dos 250 mil metros quadrados do parque imobiliário existente actualmente em Maputo, 200 mil foram construídos nos últimos 10 anos.

Este crescimento dos últimos 10 anos, para Gonçalo Marques, resulta do aumento de procura por escritórios para as operações dos projectos de petróleo e gás, pela entrada massiva de ONG´s e o aumento de empresas de construção civil.

 

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