Incumprimentos poderão disparar na banca, atingindo MT 6.6 Mil Milhões

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Segundo a CTA, o sector financeiro tem um potencial de registar incumprimentos adicionais estimados entre MZN 3, 3 Mil Milhões e MZN 6.6 Mil Milhões e recomenda intervenções apropriadas das autoridades

As calculadoras já estão em exercício aritmético nos vários sectores para estimar as perdas económicas por conta da pandemia do COVID-19.

A CTA estima que, por conta da COVID-19, o sector financeiro tem um potencial de registar incumprimentos adicionais estimados entre MZN 3, 3 Mil Milhões e MZN 6.6 Mil Milhões, o que significa que, sem uma intervenção específica, o incumprimento do actual volume de crédito pode fixar-se entre 1.5% e 2.9%. Consequência desse incumprimento, refere a CTA, o crescimento do sector financeiro, poderá situar-se entre -2% e 3.6%, relativamente abaixo do seu potencial crescimento, estimado em 9% para 2020.

É perante este quadro analítico que os patrões vêm necessidade de medidas que aliviem as obrigações das empresas neste período difícil, e adiantam que as do Banco de Moçambique de autorizar a não constituição de provisões adicionais pelas instituições de crédito nos casos de renegociação abrem espaços para reestruturar a dívida do sector privado, mas ainda são necessárias acções urgentes para não falhar o timing das medidas.

A CTA vem assim dizer que do lado Banco de Moçambique, para além de olhar no nível de taxa de juro, “é preciso olhar com maior flexibilidade o mercado cambial interbancário, disponibilizando divisas para as exportações essenciais neste período.

A leitura conjuntural da CTA, fundamentalmente, conclui que as empresas exportadoras estão em situação difícil devido ao que se passa com os preços das commodities, com destaque para a agricultura que caíram abruptamente, ou pela dificuldade de encontrar mercados abertos que procurem stocks, o que vem causar dificuldades de geração de divisas, termos em que na medida em  que as empresas procuram prover o mercado por bens essenciais importados, o Banco de Moçambique deveria disponibilizar divisas em condições flexíveis.

A CTA considera que a linha introduzida de 500 milhões de dólares norte-americanos para o MCI não é flexível, ou a mais indicada medida, sugerindo a injecção de liquidez através venda de moeda estrangeira, facto que ajudaria o próprio metical.

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