O Ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, defende ser necessário aplicar preços que possam tomar o espaço aéreo moçambicano acessível à população, o que actualmente não acontece devido aos elevados valores cobrados pelas Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) pela passagem de avião.

“Nunca escondi isso e sempre fui aberto. Os preços que se fazem cm Moçambique poderiam ser melhores. Para um ambiente de competição, eu creio que os valores que a LAM pratica não são apetecíveis. Não orgulham a companhia, visto que os mesmos afugentam passageiros”, afirmou.

Segundo o governante, que falava sábado em Chongoene, na província de Gaza, o Executivo pretende, através de incentivos de competição e uma boa gestão, trazer preços que possam tomar o espaço aéreo nacional acessível a toda a população”.

Falando a jornalistas, depois de mais de três horas de visita ao Aeroporto Filipe Jacinto Nyusi, localizado em Chonguene, o ministro disse ainda que, com a nova gestão, se espera, acima de tudo, um novo reposicionamento da LAM, o que passa por “um desenho de rotas, frotas, incentivos para preços acessíveis que impulsionem às pessoas a usarem as suas aeronaves”.

Defendeu ainda a necessidade da nova gestão da transportadora aérea nacional pautar, na sua actuação, por disciplina e profissionalismo.

“Acho que isso é que vai trazer uma nova abordagem e esperança de ter a nossa bandeira bem hasteada, através da LAM”, frisou.

Entretanto, o dirigente, que escalou todos sectores do aeroporto, teceu elogios à conservação da infra-estrutura.

“Com esta visita, concluímos que é um aeroporto magnífico, em termos de qualidade, instalações, equipamento e tudo o que alguém espera ter num lugar como este. Existem condições para um melhor aproveitamento, visto que está numa província cheia de oportunidades para negócio, desenvolvimento económico, turismo e outras actividades”, frisou.

Magala apontou igualmente para a necessidade de se incentivar o uso do aeroporto por parte dos mineiros que trabalham na vizinha África do Sul, visto que o mesmo está localizado numa zona maioritariamente habitada por familiares destes.

Inaugurado a 19 de Novembro de 2021, o aeroporto ainda não apresentou, de acordo com o ministro, os resultados projectados.

 

De entre os factores que contribuíram para esse facto, Magala destacou a falta de capacidade para atrair mais passageiros, sobretudo turistas, “por conta da forma como a LAM opera”.

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