
Mateus Magala apresenta ambicioso plano de reformas para o sector dos transportes e comunicações
- A ideia dos corredores, é uma ideia ganhadora;
- “A grande deficiência é na implementação daquilo que concebemos;
- Segurança Rodoviária: Assiste-se a um terrorismo rodoviário que urge eliminar;
- As empresas do Estado, criadas para potenciar o Estado com recursos para prosseguir com os seus programas sociais e económicos, viraram centros de absorção dos escassos recursos que o Estado consegue arrecadar;

Ministros dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala
O Ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, apresentou publicamente as linhas de orientação e actuação que nortearão o sector, de imediato e nos próximos tempos, tendo em vista a transformação do mesmo, colocando-o como área efectiva da indução do desenvolvimento económico e social do País.
Trata-se de uma abordagem estratégica que resulta, como disse o próprio Ministro, de um diagnóstico fundamental, que versou a revisão e análise sistematizadas dos principais desafios e oportunidades do sector, que permitem conhecer a realidade actual e projecção dos resultados desejados, constituir as fundações do que se propõe fazer, para além da confirmação de alguns aspectos relativamente já sabidos.
“Realizamos análises de desafios e lacunas” frisou Mateus Magala, explicando que a abordagem preconiza planos e intervenções para o alcance do desejado. “O nosso foco de execução é 2023”, disse para depois acrescentar: “Estamos ao mesmo tempo a abordar e resolver problemas urgentes e imediatos”. Acrescentou.
“Ao mesmo tempo que fazemos uma abordagem estratégica temos acções que já estão a decorrer, para podermos assegurar que o imediato, o hoje, funcione como deve ser ou melhor do que é actualmente”. Disse Mateus Magala, explicitando a sua visão para transformar o sector dos transportes e comunicações.
Nas cinco prioridades que apresentou, na Mobilidade, que comporta quatro plataformas distintas e interligadas, designadamente, rodoviária, ferroviária, hidroviária e aviação. A ideia passa por considerar todas estas opções, de forma sinérgica, mas onde cada uma requer infra-estrutura, experiência e gestão únicas. Na “Segurança Rodoviária”, o foco inicial será, com ênfase no uso seguro das estradas, velocidades seguras, resposta eficiente pós-acidente, veículos seguros, estradas/bermas seguras, etc. Aqui Magala quer melhorar a mobilidade, mas quer que essa mobilidade seja feita com segurança. A intenção é por fim àquilo que classificou de “terrorismo rodoviário” que se assiste no País. “A segurança rodoviária em Moçambique é penosa”. Lamentou.
Na prioridade “Acessibilidade”, a “ênfase será em desatar oportunidades ainda não exploradas, bem como desinibir o potencial económico de muitos corredores naturais de desenvolvimento de Moçambique, incluindo corredores de aviação.
“Nós temos a sorte de estar numa posição geográfica que nos dá uma vantagem competitiva, económica e social, infelizmente não estamos a fazer o máximo proveito dessa posição estratégica. Infelizmente os instrumentos que desenvolvemos não implementamos como desejamos. A ideia dos corredores é uma ideia ganhadora”. Vincou Mateus Magala.
“A grande deficiência é na implementação daquilo que concebemos”, reconheceu, e disse que isso é um aspecto que pretende mudar mediante implementação de várias medidas de gestão, baseadas no profissionalismo, responsabilidade e competências
A “Conectividade” centrar-se-á nos desafios de desenvolvimento relativos à digitalização, telecomunicações e tecnologia em geral. “Dedicaremos especial ênfase à inclusão digital rural”, disse o Ministro.
Reformas
O Ministro admitiu que as empresas do Estado, portanto, aquelas que foram criadas para potenciar o Estado com recursos prosseguir com os seus programas sociais e económicos, viraram centros de absorção dos escassos recursos que o Estado consegue arrecadar, de uma ou de outra forma. “Viraram autênticos centros de custos e isso é insustentável. Isso não é sustentável, não é desejável”. Vincou.
Como acção prioritária, neste domínio, o Ministério irá concentrar-se nas principais empresas públicas para abordar os desafios de sustentabilidade a longo prazo. Além disso, o Ministro quer concentrar-se no reforço da gestão, bem como na competência e capacidade humana para proporcionar uma transformação crítica e sustentável nestas empresas.
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