Namíbia faz descobertas importantes e coloca-se na grelha do Oil & Gas
_Após décadas procurando, sem sucesso, desenvolver campos de petróleo e gás, o país está a emergir como um player relevante do sector de hidrocarbonetos, actualmente liderado pela Angola, Nigéria e Líbia ao nível do continente.
O país fez uma importante descoberta de reservas de petróleo e gás num poço offshore, denominado Graff-1, no Bloco 2913A, localizado na Bacia de Orange, onde a multinacional do Oil & Gas Shell actua como operadora, em parceria com a estatal de petróleo do Qatar, Qatar Energy, e a petrolífera nacional, Namcor.
Segundo informações divulgadas pela Reuters, os resultados da perfuração do poço revelaram a existência de uma camada de pelo menos 60 metros de profundidade de hidrocarbonetos, mantendo cerca de 250 a 300 milhões de barris de óleo e gás equivalente.
Ainda não está claro se as descobertas são grandes o suficiente para a Shell prosseguir com o desenvolvimento do primeiro campo de águas profundas do país, no entanto, caso seja provada a viabilidade comercial, poderão desencadear investimentos internacionais significativos para a região.
Uma descoberta que pode potenciar o desenvolvimento do país e que está a gerar enormes expectativas, não obstante as preocupações de alguns analistas sobre o elevado custo do desenvolvimento de novos campos de petróleo e gás em um país sem infraestrutura energética e regulação existente para o sector.
A descoberta é fruto de uma campanha de perfurações que tem vindo a ser desenvolvidas naquele país visando aumentar a sua competitividade como produtor de hidrocarbonetos. O país atraiu atenção internacional em 2021, quando a Reconnaissance Energy Africa – empresa canadiana de exploração – anunciou uma campanha de perfuração bem-sucedida na Bacia de Kavango, de 6,3 milhões de hectares, com um potencial estimado em mil milhões de barris de petróleo.(OE)
