• As receitas de exportação em 2022, atingiram, 40,3 milhões de meticais

A Província do Niassa esta receptível a novas iniciativas de investimento do sector privado para a produção agrícola, em particular da macadâmia, cujos volumes de colheitas ao nível dos distritos produtores são promissores.

Acredita-se por isso, que as boas colheitas que se registam nalguns pontos irão, a partir das próximas duas campanhas, se repercutir positivamente, no nível de qualidade de vida dos produtores envolvidos na sua pratica.

A produção da amêndoa de macadâmia no Niassa envolve onze do sector privado com capitais nacionais e estrageiros, dezasseis pequenos produtores e uma instituição pública, exploração uma área estimada em cerca de 2300 hectares.

A produção da amêndoa da cultura da macadâmia, garante neste momento, cerca de 500 postos de trabalho directo e 250 indirectos nas instituições privadas e públicas que operam ao nível dos distritos de Chimbunila, Lago, Lichinga, Muembe e Sanga.

A produção da amêndoa iniciou há cerca de 16 anos no distrito de Lichinga por parte de uma empresa do sector privado.

Em razão da descoberta de condições agro-climáticas excelentes para a prática da cultura da amêndoa, o número de empresas tem conhecido um aumento notável nos últimos tempos.

Niassa arrecadou um montante estimado em 40,3 milhões de meticais que resultam da exportação ao longo do ano passado, de cerca de 620 toneladas de amêndoa de macadâmia para o mercado asiático, em particular a República Popular da China.

A amêndoa que ao longo da última safra, contabilizou cerca de 826 toneladas colhidas, constitui principal matéria para a produção de chocolates, óleo alimentar, incluindo vários pratos típicos do continente europeu.

Lina Portugal, secretaria de Estado no Niassa, considera que as condições que a província dispõe para a prática da cultura da macadâmia são excelentes daí que o governo local manifesta disponibilidade para acolher mais iniciativas focadas para a produção desta amêndoa.

Salientou que a cultura tem potencial para operar transformações no nível de qualidade de vida dos produtores envolvidos, avaliando o modelo de produção adoptado.

No decorrer da visita que Lina Portugal efectuou recentemente à empresa Niassa Macadâmia, no distrito de Chimbinila, soubemos que as companhias que praticaram aquela cultura, confiam uma família para garantir os amanhos culturais caracterizados por limpezas, podas, entre outros cuidados que a cultura exige, numa extensão de dez hectares.

A quantidade de macadâmia que cada família colhe nas plantas existentes na área de dez hectares comercializa-a para a empresa fomentadora da cultura ao preço de dez meticais o quilograma.

Williamo Prado, paraguaio, América do Sul, explicou que com este modelo de fornecimento da macadâmia, as famílias produtoras tornam-se parte da estrutura accionista da empresa onde prestam serviço podendo alcançar ganhos anuais que variam entre quinhentos e seiscentos mil meticais.

Soubemos que, neste momento, os produtores da macadâmia trabalham visando multiplicar uma variedade da cultura que atinge a idade de maturação dos frutos de amêndoa três anos depois do seu plantio. As variedades mais usadas atingem a idade de maturação da fruta da amêndoa com seis e oito anos.

A extensão das áreas com a nova variedade hídrica da macadâmia vai alargar as possibilidades das famílias envolvidas na produção para arrecadaram valores superiores aos que são obtidos hoje.

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