
Interconexão eléctrica Moçambique-Malawi: Obras a bom ritmo
- Num orçamento de US$ 154 milhões financiados pelos bancos Mundial, Alemão e Europeu, as obras de construção da linha de transmissão de energia eléctrica em alta tensão, no âmbito do Projecto de Interconexão Moçambique-Malawi, decorrem a bom ritmo. “Notícias”.
Os trabalhos arrancaram com ligeiro atraso devido à descoberta, no início da empreitada, de engenhos explosivos que forçaram a uma limpeza geral no local da construção da subestação e em alguns troços da linha, do lado moçambicano.
Em declarações ao “Notícias”, o director de Electrificação e Projectos na Electricidade de Moçambique – EDM, Cláudio Dambe, reconheceu que os imprevistos atrasaram o projecto em cerca de três meses, mas que agora há um grande entrosamento das equipas do lado moçambicano e malawiano.
“Neste momento que estamos a falar, o gestor do projecto da parte de Moçambique está no Malawi, porque há uma coordenação permanente. Estes encontros por vezes acontecem do lado de Moçambique para a troca de informações sobre o decurso das obras”, sustentou Dambi.
Garantiu que o cronograma actual dos trabalhos aponta para a conclusão da construção da subestação de Matambo, no distrito de Changara, em Tete, até Junho ou Julho ao que se seguirá o seu comissionamento, até Agosto ou Setembro.
Enquanto isso, a construção da linha Matambo Zóbuè, do lado moçambicano, terminará em JuIho devendo o seu comissionamento terminar em Agosto.
Entretanto, a construção da linha Phombea Zóbluè, no Malawi, deverá ser concluída em Junho sendo que o comissionamento terminará em Agosto. “Portanto, como vê há aqui uma coincidência no cronograma dos trabalhos e nós acreditamos que a linha vai estar operacional até Setembro deste ano”, observou.
O projecto irá adicionar 120 megawatts à rede de electricidade do Malawi. Acredita-se que a concretização deste projecto marcará início de um novo capítulo no fornecimento de electricidade ao Malawi, contribuindo para o crescimento económico do país para a industrialização da África Austral.
No seu Plano Quinquenal (2020 – 2024). O Governo projecta entre outras metas, aumentar a disponibilidade de energia em 600 MW, promovendo investimentos públicos e privados em novas infra-estruturas de geração e com uma contribuição cada vez maior das energias renováveis, nomeadamente: a construção da central térmica a gás natural de Temane (400MW), promover a construção de duas centrais mini-hídricas de Berua 1900Kw (Zambézia); e Luaice 479 Kw (Niassa), Concluir a linha de transporte de energia eléctrica de alta tensão da linha Cuamba – Marrupa (110kV), construção dos primeiros kms da espinha dorsal do sistema de transporte de electricidade de alta tensão a 400 KV, ligando o norte ao sul do País, comportando os troços Temane-Maputo (400kV) e Chimuara-Alto Molocué (400kV), construir a linha de transporte de interligação Moçambique – Malawi (400kV), no âmbito da promoção da interligação regional, electrificar todas as Sedes dos Postos Administrativos, através da combinação das opções de ligação à Rede Eléctrica Nacional (REN) e de sistemas autónomos de distribuição.
Entretanto, o Plano Económico e Social e Orçamento do Estado PESOE -2024, prevê que a produção de energia eléctrica irá registar um decréscimo de 3,5% comparativamente às previsões de 2023, influenciada pela previsão em baixa da Hidroeléctrica de Cahora Bassa -HCB, que terá um peso de 82% na estrutura de Produção.
Comparando a produção e venda estimadas para 2023, a HCB prevê para 2024 uma redução na Produção e Vendas de Energia, devido aos trabalhos de reparação do difusor da comporta (actividades preparatórias do Projecto de Reabilitação da Central – RS2) que colocará indisponíveis os grupos geradores 4 e 5.
A operação com 4 grupos geradores por 60 dias (16,4%) visa dar lugar à manutenção anual programada e a implementação do projecto referente ao sistema de protecção contra incêndios nos transformadores principais do grupo gerador 4 e manutenção anual programada do grupo gerador 1.
A Electricidade de Moçambique (EDM) prevê um crescimento de 7% comparativamente às projecções para 2023, influenciadas pelo aumento substancial na produção das Centrais Hídricas (Mavuzi e Chicamba)
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