
Número de turistas internacionais reduz em 65% no primeiro semestre de 2020 – OMT
As chegadas internacionais de turistas viram uma queda de 65% no primeiro semestre de 2020, e diminuíram em 93% em Junho quando comparadas com o mesmo período do ano passado, de acordo com a nova edição do Barómetro Mundial do Turismo da Organização Mundial do Turismo (OMT).
Esta representa uma queda sem precedentes que afectou duramente todas as regiões globais, uma vez que países de todo o mundo fecharam as suas fronteiras e introduziram restrições de viagem em resposta à pandemia, colocando milhões de empregos e empresas em risco. “ Por regiões, Ásia e Pacífico, a primeira região a sofrer o impacto do COVID-19, viu uma diminuição de 72% nas chegadas no primeiro semestre de 2020. A segunda mais atingida foi a Europa com uma queda de 66%, seguida pelas Américas (-55%), África e Médio Oriente (ambos -57%)”, detalha a fonte.
De acordo com a OMT, a queda massiva da procura internacional de viagens no primeiro semestre de 2020 traduz-se numa perda de 440 milhões de chegadas internacionais e cerca de 460 mil milhões de dólares em receitas de exportação do turismo internacional. “Trata-se de cerca de cinco vezes mais do que a perda de receitas turísticas internacionais registada em 2009 no meio da crise económica e financeira global”, refere o documento.
Numa análise prospectiva, a OMT avança que parece provável que a redução da procura de viagens e a confiança dos consumidores continuem a ter impacto nos resultados para o resto do ano. Saliente-se que em maio, a OMT traçou três cenários possíveis, apontando para quedas de 58% a 78% nas chegadas internacionais de turistas em 2020. As tendências actuais até agosto apontam para uma queda da procura mais próxima dos 70% (Cenário 2), especialmente agora que alguns destinos reintroduzem restrições nas viagens.
O alargamento dos cenários até 2021 aponta para uma mudança de tendência no próximo ano, com base nos pressupostos de um levantamento gradual e linear das restrições de viagem, da disponibilidade de uma vacina ou tratamento e do regresso da confiança dos viajantes. No entanto, “ o regresso aos níveis de 2019 em termos de chegadas turísticas demoraria entre 2½ e 4 anos”, acrescenta a organização.
De referir que nas últimas semanas, um número crescente de destinos começou a abrir-se novamente para turistas internacionais. A OMT informa que, no início de setembro, 53% dos destinos tinham facilitado as restrições de viagem, embora muitos governos continuem ainda cautelosos.


















