Parque Nacional de Beluluane

Parque Industrial de Beluluane teve um total de 14 novos investimentos nos últimos 5 anos

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Com um total de USD 3 biliões de investimentos realizados e com cerca de 40 empresas associadas, o Parque Industrial de Beluluane tem sido um dos exemplos de que os centros industrias podem trazer grandes benefícios para as PME’s e para a economia devido as mais valias que o conceito proporciona.

Numa altura em que se adensam as discussões sobre como encetar a revitalização da indústria manufactureira do País, olham-se para exemplos bem sucedidos de experiências do passado que deram resultados positivos, como parece ser o caso do Parque Industrial de Beluluane.

Iniciativa público-privado e que tem como principais acionistas o Estado moçambicano e o sector privado, com o Estado a ser  representado pela APIEX que detém 40% das acções e o sector privado representado pela Chiefton que  é composto por investidores moçambicanos e suíços, com 60% das acções, o Parque Industrial de Belulauane, criado nos anos 2000, albergando indústrias de vários ramos como indústrias leves (vestuário, por exemplo); indústria pesada (automóvel, engenharia); Indústrias de transformação do alumínio; e Indústrias de transformação, apresenta um registo de investimentos na ordem três biliões de dólares e pouco mais de 40 empresas a operar, gerando acima de cinco mil postos de trabalho.

“Nos últimos 5 anos, tivemos cerca de 14 novos investidores dos quais diríamos que cerca de 10, já se estabeleceram e estão a operar e os remanescentes cerca de 5 estão na fase de aprovação do projecto”, referiu o Director Adjunto do Parque, Onório Manuel.

Onório Manuel explica que a maioria das empresas que ingressaram no parque estão ligadas a indústria metalógica “algumas prestam serviços a Mozal, são empresas detidas por moçambicanos outras por sul africanos e outro sector foi de construção”.

Mas também “tivemos a entrada de uma empresa de fabrico de cabelos artificiais e de reciclagem de metais”, acrescentou.

Onório Manuel - Director Adjunto do Parque

Onório Manuel – Director Adjunto do Parque

A aposta do governo ao implementar esta zona industrial, era tornar a Zona Franca de Beluluane em um local privilegiado na região da África Austral para actividades industriais e voltadas para exportação. É neste quadro que  as unidades industriais que exercem as suas actividades no local beneficiam de isenções significativas em direitos aduaneiros e fiscais, com destaque para isenção do pagamento do IRPC.

“A carga do IRPC em Moçambique são 32%, para as empresas que operam em regime de zone franca industrial gozam de isenção nos primeiros 10 anos não há nenhum IRPC a pagar, do 11º ao 15º há uma isenção de 50%  ou seja ao invés de pagar aos tais 32% pagam 50% que é 16. E do 15º para adiante do projecto tem uma redução de 25% ou seja passam a pagar 75%”, explicou.

O Director Adjunto, Onório Manuel, realça que as empresas inseridas no parque fazem o devido aproveitamento de uma telha industrial que vai desde o aceso a energia, água e estradas industriais       até  tecnologias de informação modernos.

E isso combinando com a localização estratégica, faz com que os exportadores gozem de uma larga vantagem ao competirem com outros mercados mundiais.

“Isso faz com que os investidores comparem todos esses factores quando ele pretende se estabelecer em Moçambique ou em outro País da SADC”, realça o Director Adjunto.

O Plano Director de desenvolvimento do Parque Industrial de Beluluane para  o período de 2020 – 2030, indica que são necessários cerca 100 milhões de dólares para a criação de um conjunto infraestruturas nos mais 500 hectares de area ainda por desenvolver.

O outro passo por dar e tido como importante tem a ver com a expansão do Parque para outras regiões do país, mais concretamente na província de Cabo Delegado, motivado pela emergente indústria de petróleo e gás.

“Nós estamos atentos a essas oportunidades para ver se podem existir indústrias que se instalam aqui que processassem as áreas complementares de down stream gerados na indústria de petróleo e gás”, concluiu Onório Manuel.

Refira-se que através do gás natural proveniente de bacia de Rovuma já foi aprovado um projecto de geração de energia de cerca de 2 mil megawatt a ser instalado no parque.

Veja a peça a seguir:

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