Projecto Mphanda Nkuwa recebe estímulos em Washington, espera obter dentro de seis meses a formalização das garantias

• Moçambique actualizou em Washington, Estados Unidos de América, os últimos desenvolvimentos do Projecto Phanda Nkuwa, aos altos quadros do Bambo Mundial.

O processo de actualização dos desenvolvimentos do Projecto, surge na sequência do pedido de financiamento e emissão de garantias, segundo Carlos Yum, Director do Gabinete de Implementation do Projeto Hidroelétrico de Mphanda Nkuwa Director do Gabinete de Implementação (GIPMK) que avança ter-se logrado frutos positivos.

“Estes encontros foram muito positivos porque acabamos recebendo maiores estímulos sobre o progresso do projecto nos aspectos técnicos, aspectos ambientais e, portanto, definimos um plano para que entre três meses, seis meses, possamos obter uma formalização das garantias… são garantias do banco mundial que permitem alavancar os acordos do fornecimento de energia, os acordos de fornecimento de energia peça fundamental para a bancabilidade do projecto no âmbito de estruturação deste crescimento”.

Yum, disse que para o efeito, foi definido um plano de trabalho com as equipas técnicas das várias direcções para a capitalização do progresso do projecto e concretizar o financiamento da parte do banco mundial, incluindo as garantias.

“Como é sabido, a participação do banco mundial a nível do financiamento e das garantias associadas irá, digamos, atrair e operacionalizar outras manifestações de interesse que nós já tivemos do projecto, na ordem de 23,8 mil milhões de dólares “

O Director do GIPMK  explicou igualmente o que significam as garantias:

“As garantias permitem que o projecto possa alavancar outros financiamentos para completar o volume de crescimento necessário, estamos a falar de garantias do banco mundial na ordem de USD 400, 450 milhões de dólares em cima do valor do financiamento que o banco mundial está a propor em face do desenvolvimento do projeto para poder cobrir aquilo que é a componente pública e financiamento concecional para o projecto da linha, o projecto da linha está na ordem de 1.2 milhões de dólares , mas é realmente o projecto da linha que irá alavancar o projecto da central hidroeléctrica porque o projecto da linha é efectivamente a infraestrutura que permitira evacuar a energia da central para os centros de carga , não só do Phanda Nkua, mas também de outros projectos , portanto hídricos no potencial do vale do Zambeze”.

Assim, segundo a fonte, permitem a bancabilidade do acordo do fornecimento de energia.

“Neste conceito, portanto, a exportação pode ocorrer em função da periodicidade do acordo de exportação, tendo em conta a segurança energética e as necessidades da industrialização no país.” Concluiu.

Com a efectivação do projecto, como explica o Carlos Yum, Moçambique poderá produzir energia para o consumo doméstico e para os países da região e, a quantidade de exportação será aquela que protege a segurança de fornecimento e também aquela que o comprador terá capacidade de comprar numa transação bancável, contudo o mais importante é que haja obediência às necessidades de energia do País.

O complexo hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa será erguida a 60 quilómetros a jusante da Barragem de Cahora Bassa, na província de Tete.

O Executivo estima que o período de construção do empreendimento seja de seis anos. No seu todo, o projecto compreende uma linha de transporte de energia de alta tensão de aproximadamente 1300 quilómetros entre Tete e Maputo, com uma capacidade projectada de aproximadamente 1500 Megawatts.