
Reserva Especial do Niassa precisa de US$ 8,4 milhões anualmente para gestão e manutenção
A Reserva Especial do Niassa (REN), a maior de Moçambique, necessita de US$ 8,4 milhões anualmente para gestão e manutenção, anunciou a Wildlife Conservation Society (WCS), Co-gestora daquela área protegida, citado pela agência Lusa.
“Este indicador reflecte que ainda estamos muito abaixo dos 50% das necessidades”, disse Afonso Madopo, director da WCS durante a celebração do 70.º aniversário da criação da REN, data assinalada na quinta-feira, 17/10.
A Reserva Especial do Niassa é gerida no âmbito de um acordo de parceria público-privada envolvendo o Governo de Moçambique, através da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), e a Wildlife Conservation Society (WCS).
“Estes investimentos têm sido cruciais não só para a conservação da biodiversidade, mas também para o desenvolvimento socioeconómico das comunidades”, referiu Afonso Madopo.
Estabelecida em 1960, a Reserva Espacial do Niassa – criada como reserva de caça em 09 de Outubro de 1954 -, localizada no norte do país, é a maior área protegida de Moçambique, com uma extensão de 42.400 quilómetros quadrados, albergando das maiores populações de algumas espécies no país, como elefantes, leões, leopardos, búfalos entre outros.
A reserva integra a Área de Conservação Transfronteiriça Niassa-Selous, que resulta de um acordo bilateral entre Moçambique e Tanzânia.
A agência Lusa cita uma informação do Ministério da Terra e Ambiente a propósito do 70.º aniversário, segundo a qual, os investimentos e reformas legais nos últimos dez anos “trouxeram uma nova dinâmica e enormes ganhos para as áreas de conservação, em particular a Reserva Especial do Niassa”.
“A redução de actividades ilegais com destaque para o registo zero de mortes de elefantes por caçadores furtivos a partir de 2019 e por três anos consecutivos e o crescente aumento da fauna na ordem de 10 a 27% são algumas das maiores conquistas do Governo e da administração da reserva em particular”, acrescenta-se na informação.
Ainda na cerimónia do aniversário da REN, a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), que tem financiado vários programas ambientais naquela área, garantiu que vai manter esse apoio nos próximos anos.
“Continuaremos a apoiar iniciativas que não só conservam a vida selvagem como também que capacitam as comunidades para protegerem os seus recursos naturais”, disse Helen Pataki, directora da USAID em Moçambique.
Dados da WCS, citados pela Lusa, estimam que a Reserva Nacional do Niassa representa 21% da Rede de Áreas Protegidas de Moçambique e 51% dos seus parques e reservas terrestres, fazendo “parte de um grupo de elite e cada vez mais raro de apenas sete ‘mega-áreas’ protegidas” na África Subsaariana.
Segundo a WCS, diz a Lusa, os principais desafios na Reserva Nacional do Niassa prendem-se com a necessidade de aumento e capacitação do seu efectivo de fiscais, incremento da vigilância aérea, incremento de meios que permitam uma maior capacidade reactiva, proactiva e eficiente na monitorização e fiscalização e estabelecimento de mais parcerias para cobrir as despesas de treinamentos e aquisição de meios de mitigação do conflito homem-fauna bravia e trabalhos comunitários.
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