Riscos e incertezas determinam manutenção da taxa de juro em 13,25%

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Não obstante a revisão em baixa das perspectivas de inflação no curto e médio prazo, a reflectir, em grande parte, os efeitos das medidas tomadas na sessão do CPMO de Janeiro de 2021, o Comité de Política Monetária (CPMO) do Banco de Moçambique decidiu manter a taxa de juro de política monetária, taxa MIMO, em 13,25%, devido a prevalência de elevados riscos e incertezas.

Ao nível doméstico, o CPMO destaca a incerteza quanto à evolução da propagação da COVID-19, os impactos das calamidades naturais e a prevalência da instabilidade militar, sobretudo na zona norte do país. Enquanto que na conjuntura externa, os riscos e incertezas estão associados a volatilidade dos preços das principais mercadorias de importação e exportação e a tendência para o fortalecimento do Dólar norte-americano.

O CPMO decidiu, igualmente, manter as taxas de juro da Facilidade Permanente de Depósitos (FPD) em 10,25% e da Facilidade Permanente de Cedência (FPC) em 16,25%, bem como os coeficientes de Reservas Obrigatórias (RO) para os passivos em moeda nacional e em moeda estrangeira em 11,50% e 34,50%, respectivamente

Relativamente as perspectivas de médio e curto prazo, o CPMO revela uma revisão baixa das previsões de inflação, situando-se em um dígito, “a reflectir, fundamentalmente, a tendência actual para a apreciação do Metical decorrente das medidas tomadas na última sessão do CPMO, num contexto de fraca actividade económica”. Paralelamente, mantém-se as perspectivas de uma recuperação tímida da actividade económica em 2021, suportada pela perspectiva de retoma da procura externa, em resultado do avanço nas vacinações, da adopção de pacotes de estímulo fiscal e do alívio progressivo das medidas impostas no âmbito da COVID-19”.

A autoridade monetária nacional alerta ainda para um aumento na pressão sobre as finanças públicas, face ao maior esforço financeiro para a aquisição e logística de administração da vacina contra a COVID-19, a mitigação do impacto sócio-económico dos choques climáticos, bem como as despesas decorrentes da situação de instabilidade militar.

Contrariamente, a pressão cambial reduziu substancialmente, interrompendo à tendência registada no princípio do ano. O Metical apreciou relativamete a moeda norte-americana, situando-se em 73,35 MZN/USD, depois de 75,11 MZN/USD em finais de Janeiro último. Paralelamente, as reservas internacionais brutas mantêm-se em níveis confortáveis, situando-se em USD 3.987 milhões, suficientes para cobrir mais de 6 meses de importações de bens e serviços.

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