São boas as perspectivas da indústria cervejeira no país

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_ Segundo os operadores do sector, a indústria apresenta um mercado com tendências de crescimento, as perspectivas são optimistas. O optimismo está associado, fundamentalmente, as perspectivas sobre o desempenho da economia nos próximos tempos.

Com o advento de alguns factores do ambiente macroeconómico, particularmente os investimentos no norte do país, haverá mais consumo. Sob ponto de vista demográfico o país está a crescer e essas pessoas irão precisar, sem dúvidas, consumir produtos de qualidade”, destacou o Administrador executivo da CDM, Hugo Gomes.

Falando concretamente do caso da empresa que administra, Hugo Gomes explicou que a CDM tem estado a experimentar uma “trajectória de crescimento assinável”, com uma demanda contínua pelos seus produtos no mercado nacional. Com efeito, após um período de relativa recessão, a CDM registou um crescimento considerável nos últimos três anos, tendo verificado uma expansão nas vendas na ordem de 24% em 2021, após ter atingido um crescimento de 4% em 2020.

Estando inserida em um mercado cada vez mais competitivo, avançou, a empresa tem apostado na promoção da sua marca e inovações para satisfação das preferências dos consumidores, através de um conjunto de acções desenvolvidas internamente, uma contínua auscultação dos consumidores e o desenvolvimento de parcerias estratégicas com os principais actores da sua cadeia de valor, por forma a dar continuidade a trajectória de crescimento.

“Nós pretendemos continuar com a nossa trajectória de crescimento neste mercado. Queremos continuar a ser um actor relevante não só no nosso ramo de actividade, mas da economia de modo geral”, ajustou.

Em virtude da sua dimensão e peso específico na indústria, a empresa tem gerado vários benefícios não só nas comunidades em que opera mas para economia no geral, principalmente no que diz respeito as receitas fiscais para os cofres do Estado e a geração de emprego, contando com 1100 Trabalhadores directos e uma “imensidão” de colaboradores indirectos, pelo que: Há um sentido de expectativa de muitos de haver continuidade daquilo são as nossas cifras de contribuição para o fisco, a economia e as comunidades nas quais nos operamos”, destacou.

A empresa figura no grupo dos maiores contribuintes fiscais no País, tendo canalizado, só em 2021, cerca de 100 milhões de dólares para os cofres do Estado, aproximadamente 8,3 milhões de dólares/mês, em diferentes impostos, incluindo o ICE, IRPS, IVA e o Withholding Tax que é a retenção na fonte das empresas estrangeiras que prestam serviços à empresa.

Relativamente as ligações da empresa com o sector real da economia, é evidente o “contributo directo” da CDM no conteúdo local, destacou, para depois acrescentar que, só no ano passado, as despesas da empresa em bens e serviços locais ascenderam aos 124 milhões de dólares: “Sempre que possível, e sobretudo respeitando ao binómio preço-qualidade, nós havemos de privilegiar o mercado local”, ajustou.

De igual modo, verifica-se uma “apropriação” da CDM por parte da força de trabalho local, existindo inclusive trabalhos em curso ao nível da empresa para aumentar o número de líderes locais em posição de direcção: “naturalmente que isto não é um processo que se faz do dia para noite, é preciso algum treinamento, mas muito proximamente teremos mais pessoas a ocupar essas posições”, referiu.

Comentando sobre os principais riscos ao crescimento do sector, ao nível global, Hugo Gomes destaca o conflito russo-ucraniano e as incertezas associadas a pandemia da COVID-19 no grupo de factores que podem comprometer o desenvolvimento das actividades no sector: “Estes factores exógenos sem dúvidas terão algum impacto”, enfatizou.

No plano nacional, avançou, a falta de previsibilidade sob ponto de vista regulamentar/fiscal e os eventos climáticos cíclicos destacam-se como os principais riscos. Pelo que, “ a CDM, quer individualmente quer através das várias associações a que ela está filiada, tem apresentado, a quem é de direito, algum conjunto de propostas no sentido de garantir que vivamos um ambiente de negócios mais propício a que as empresas prosperem”, concluiu. (OE)

Acompanhe a entrevista na íntegra:

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