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Sector logístico com dinâmica e investimentos notáveis

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O sector logístico nacional está a atravessar um período de importantes investimentos. Esta tendência pode ser interpretada como crença de que a economia de serviços permanece com um papel relevante no dinamismo económico do País, no presente e nos próximos tempos.

O crescente volume de investimentos está, de igual modo, aliado a emergência de mega-projectos de Oil & Gás no país, tornando importante e urgente o desenvolvimento do sector logístico na perspectiva de aumentar os impactos positivos previstos para a economia moçambicana.

Os chamados clusters industriais vão paulatinamente ganhando expressão na dinâmica económica do nosso País. Uma Pesquisa recente realizada pela consultora Key Plan, revela que a cidade de Maputo dispõe de 7 clusters industriais e logísticos, localizados ao longo das avenidas de Angola, FPLM e Trabalho.

O cluster da Avenida FPLM, projectado na época colonial como um eixo industrial e logístico, é considerado como possuindo ainda totais condições para logística e retalho de distribuição local. Este é apontado como o único ao nível do país com as características para garantir as necessárias condições para o sector logístico e industrial, de acordo com estudos.

O cluster da Avenida do Trabalho, por seu turno, é apontado como um eixo pouco estruturante e bastante congestionado. Paralelamente, o da Avenida de Angola mostrar-se igualmente bastante congestionado e com fracas condições para o sector logístico e industrial, com uma oferta antiga e de fraca qualidade.

_Clusters industriais erguidos em zonas de maior potencial

Numa outra localização e especificidade, a zona do Porto de Maputo tem crescido bastante nas últimas décadas. Zona ancorada na extensão efectuada pelo MPDC em parceria com Grindrod e DP World. As três entidades investiram perto de US$100 milhões em obras de melhoramento e expansão da zona logística. O investimento permitiu ao Porto de Maputo praticamente duplicar a sua capacidade de rotação de carga marítima.

Embora exista pouca informação, estima-se  que o investimento total na zona do Porto de Maputo possa ter atingido valores superiores a US$200 milhões na última década. Além da zona do Porto de Maputo, merecem também destaque as zonas do Zimpeto e do Chiango.

A zona do Zimpeto, de investimento pouco expressivo, o cresceu ao longo da EN1 como alternativa às zonas industriais e logística da cidade, no entanto, rapidamente se tornou congestionada e uma alternativa pouco viável. A zona do Chiango, com um investimento inicial de cerca de US$32.0 milhões afectado pela AGILITY, coloca no mercado 32,000 m2 de armazéns e 15,000 m2 de terraplenos, com o potencial de vir a constituir o principal cluster do sector de Maputo.

Mais a sul de Maputo, a Matola possui cerca de 6 clusters industriais e logísticos, dos quais dois constituem as principais áreas industriais moçambicanas, ou seja, os dois principais clusters industriais e logísticos, que são o Parque do Língamo, com cerca de 240 hectares, e do Beluluane, com uma área industrial e logística com 600 hectares, que constituem as maiores zonas industriais do país.

Claive Macuácua, Director Comercial da AGILITY, apontou para a falta de infraestruturas adequadas como um dos principais factores que determinam o fraco desenvolvimento do sector logístico moçambicano. “Há infra-estruturas que estão a surgir hoje, e nós como AGILITY estamos a investir na infraestruturização do país”, acrescentou.

_A aposta do sector logístico está nas soluções integradas

Nos esforços de consolidação da sua presença no mercado moçambicano, a AGILITY, está a apostar nas chamadas soluções de logística integradas. “Sendo Moçambique a terceira maior reserva de gás, com mais de 180 trilhões de pés cúbicos de gás, e que ainda tem um sistema de logística um pouco atrasado, era preciso que nós trouxéssemos novos conceitos de logística”, afirmou o gestor da AGILITY, quando questionado sobre o que a multinacional está a trazer, em concreto, para Moçambique.

A AGILITY entende que as “soluções de logística integrada” trazem consigo uma série de oportunidades para os diferentes sectores da actividade, com principal destaque para os sectores de transporte, entretanto, alerta, é necessário que os intervenientes assegurem antes os requisitos de adesão à estas oportunidades.

 

 

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