Trocas comerciais reduziram, CTA quer resgatar dinamismo de outros tempos no intercâmbio empresarial com Portugal

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  • CTA quer atrair mais investimento português para Moçambique 
  • Uma missão empresarial moçambicana deverá escalar Portugal, na próxima semana, com os olhos postos na revitalização das trocas comerciais entre os dois países, que reduziram nos últimos anos.

A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), aponta várias razões para o declínio do intercâmbio empresarial, entre outros, os raptos a empresários, a pandemia Covid-19 e a conjuntura internacional.

Através da sua vice-presidente, Maria de Assunção Abdula, a agremiação diz que vai a Lisboa e Porto para mostrar aos empresários locais que em Moçambique há condições favoráveis para investimento estrangeiro. 

Não é para menos, a balança comercial de bens de Moçambique e Portugal foi deficitária entre 2018 e 2023. As exportações decresceram em 48 por cento, sendo que o valor exportado no período em alusão foi de 166 milhões de dólares.

Em contrapartida as importações cresceram em 17 por cento na mesma época alcançando 1551.8 milhões de dólares

Os empresários moçambicanos, de malas aviadas para Portugal, quer não apenas recuperar o dinamismo que outrora caracterizou as relações empresariais entre os dois países, como também, olhar para as novas oportunidades que a conjuntura actual.

Maria de Assunção Abdula, Vice-Presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique

“A missão Empresarial Moçambique Portugal tem como objectivo explorar as oportunidades oferecidas às empresas portuguesas para se internacionalizarem como forma de aumentar e diversificar o investimento português em Moçambique”. Revelou a vice-presidente, Maria de Assunção Abdula.

São mais de 80 empresas dos sectores de agro-indústria, energia, turismo, transporte e finanças que integram a missão empresarial para Porto e Lisboa com o intuito de buscar novas oportunidades entre os dias 22 e 24 de Abril corrente.

 “Importa destacar que a agro-indústria e o sector energético e a representação de marcas internacionais desempenham um papel fundamental a adição do valor nos produtos de globalização da economia, os acordos de representação de marcas têm sido um canal para partilha de nome empresarial e responsáveis pela introdução de vários sistemas e modelos de negócio inovadores no mercado”.

Os empresários para além de participar em mesas redondas sectoriais, vão efectuar visitas a empreendimentos de exploração, exposição de produtos e serviços, bem como participar do fórum de negócios Portugal Moçambique, que se realizará sob o respaldo da Internacionalização das empresas portuguesas nos PALOP: O caso de Moçambique, com a assinatura dos acordos de cooperação empresarial.

Portugal ocupa a posição 34ª na lista dos parceiros comerciais de Moçambique, correspondente a 0.3% na ordem do volume das exportações de Moçambique e 7ª posição, correspondente a 3% no que diz respeito às importações.

De acordo com a Agência de Promoção de Investimentos e Exportações – APIEX, envolvendo investidores privados portugueses, nos últimos 10 anos, foram aprovados 436 projectos, no valor total de cerca de 1.817.9 milhões de dólares, susceptíveis de criar 27.115 postos de trabalho, dos quais, o equivalente a 756.31 milhões constitui investimento directo português.

As áreas de investimento directo incluem agricultura, agro-indústria, aquacultura e pescas, banca e seguradora, construção, turismo, energia,  e hotelaria e turismo, indústria, serviços, transportes, comunicações e comunicações.

Portugal consta da lista dos “top ten” ocupando a 9ª posição em termos de investimento directo aprovado no ano de 2022, sendo a 1ª posição ocupada pelos Emirados.

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