União Africana congratula-se com a contribuição de 110 milhões de euros dos Países Baixos para o Programa de Aceleração da Adaptação de África na COP27

• A AAAP é a resposta de África à crise climática para alavancar investimentos na adaptação e resistência não só para protecção da ameaça das alterações climáticas, mas para impulsionar uma agenda de crescimento económico verde para a prosperidade.
• A AAAP foi desenvolvida pelo Banco Africano de Desenvolvimento e pelo Centro Global de Adaptação (GCA) para mobilizar 25 mil milhões de dólares até 2025 para implementar, escalar e acelerar a adaptação climática em todo o continente africano

A União Africana (UA) saudou a contribuição dos Países Baixos de 110 milhões de euros em apoio ao Programa de Aceleração da Adaptação em África (AAAP), nas vésperas de um evento dos Líderes da COP27 sobre a Aceleração da Adaptação em África.

O Primeiro-Ministro do Reino dos Países Baixos, Mark Rute, anunciou o compromisso financeiro durante uma reunião de alto nível com o Presidente do Senegal, Macky Sall, que é também o Presidente da União Africana, juntamente com o Patrick Verkooijen, CEO do Centro Global sobre Adaptação, e o Presidente do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento Dr. Akinwumi A. Adesina.

O Presidente Sall sublinhou na ocasião a importância da acção sobre as palavras, com os líderes mundiais reunidos esta semana para discutir a resposta global à emergência climática, salientando que “África é o ‘ground zero’ para a ruptura climática global e que ninguém beneficia se a África não vencer.

“Temos de enfrentar a realidade; as alterações climáticas já estão a ter efeitos duradouros. A resiliência climática deve ser o nosso lema, a adaptação climática o nosso esforço comum. A adaptação às alterações climáticas está no ADN dos Países Baixos e é vital que trabalhemos com os nossos parceiros em África para assegurar que os investimentos fluam através do ousado e inovador roteiro que a AAAP fornece para cidades, quintas e infraestruturas à prova do clima, para proteger os meios de subsistência e assegurar a continuidade económica”. Afirmou  Mark Rute,

A AAAP foi desenvolvida pelo Banco Africano de Desenvolvimento e pelo Centro Global de Adaptação (GCA) para mobilizar 25 mil milhões de dólares até 2025 para implementar, escalar e acelerar a adaptação climática em todo o continente africano. Esta ambição é concretizada através do Mecanismo de Financiamento a Montante da AAAP, gerido pelo Centro Global sobre Adaptação, e pela janela de ação climática do Banco Africano de Desenvolvimento, que faz parte da 16ª reconstituição do Fundo Africano de Desenvolvimento, o braço concessional do Banco que apoia os países de baixo rendimento do continente. 

A AAAP trabalha em quatro ousados pilares interligados para alcançar resultados transformacionais: Tecnologias Digitais Resilientes ao Clima para a Segurança Alimentar e Agrícola; Acelerador da Resiliência das Infraestruturas Africanas; Empoderamento da Juventude e Criação de Empregos na Adaptação Climática e Resiliência, e Iniciativas Financeiras Inovadores para África. A AAAP já orientou mais de 3,5 mil milhões de dólares de investimentos a montante em 19 países, com cada dólar gasto a influenciar 100 dólares a jusante.

O Professor Patrick Verkooijen, CEO do Centro Global para a Adaptação, congratulou-se com a contribuição financeira dos Países Baixos, agradecendo ao Primeiro-Ministro Rutte e ao Presidente Sall pela liderança na adaptação climática em África para mobilizar a comunidade global a honrar o seu compromisso de duplicar o financiamento climático global na COP27

 “As intervenções catalíticas da AAAP já produziram rapidamente um impacto à escala, integrando a adaptação em projetos no valor de mais de 3,5 mil milhões de dólares desde 2021. O apoio dos Países Baixos de 10 milhões de euros para o Mecanismo de Financiamento a Montante da AAAP influenciará investimentos na adaptação no valor de mais mil milhões de euros para África”. Disse Patrick Verkooijen

“Esta escala de impacto é vital, uma vez que África, e na verdade, o mundo, está a enfrentar múltiplos choques globais que estão a reverberar através das nossas economias. A AAAP dá ímpeto às ações críticas e ao financiamento global necessários para enfrentar a atual crise climática e alimentar, e para construir um continente mais resiliente”. Ajustou.

A expectativa da União Africana é com os sinais dados quer pela Holanda, quer pela Grã-Bretanha, outros países intensifiquem os seus apoios na adaptação ao clima em África à medida que se do 16º reabastecimento do Fundo Africano de Desenvolvimento, prevista Dezembro