
Estado perde 700 milhões de dólares por ano devido ao contrabando de madeira
Moçambique perde anualmente cerca de 700 milhões de dólares norte-americanos, devido ao contrabando de madeira. O Governo já está a conceber um instrumento de gestão e controlo do subsector de florestas.
O referido instrumento consistirá num Sistema de Informação Florestal informatizado para melhorar o fluxo de acções de gestão e fiscalização florestal no país.
A informação foi partilhada na última terça-feira, 27 de Maio, pelo director nacional de Florestas, Cláudio Afonso, durante um seminário do sector que decorreu em Quelimane na província da Zambézia.
Afonso diz ainda que, com o Sistema de Informação Florestal informatizado, o sector de florestas será mais transparente e interactivo e permitirá a celeridade processual e a respectiva tomada de decisões para um melhor controlo das actividades de exploração da madeira em Moçambique
O contrabando de madeira evidencia também a crescente desflorestação em Moçambique, que desde os anos 1980 perdeu quase metade da área florestal, expondo o país às alterações climáticas e a fenómenos meteorológicos extremos como furacões e tufões.
No contexto dos esforços para a melhor gestão florestal, o director nacional de Florestas revelou ainda que estão em implementação acções de fiscalização e cooperação transnacional sobre a conservação florestal e desmatamento.
Os produtos madeireiros em Moçambique são comercializados nos mercados nacional e internacional. A exploração florestal e processamento de madeira compreende uma série de produtos tanto para o consumo próprio assim como para a comercialização
O sector florestal para além de contribuir para o equilíbrio da balança de pagamentos desempenha também um papel social importante sobretudo com postos de emprego nas áreas rurais.
As florestas nativas representam o principal potencial florestal em Moçambique, com alta diversidade florística mas, poucas espécies são conhecidas no mercado. Destas florestas, estima-se que 40,1 milhões de hectares (51%), do território nacional é coberto por florestas (26,9 milhões de hectares é ocupado por florestas para a extracção de madeira com valor comercial e 13,2 milhões de hectares são áreas de conservação) e cerca de 14,7 milhões de hectares (19%) é coberto por outras formações lenhosas como vegetação arbustiva, matagal e florestas sujeitas à agricultura itinerante.
Em Moçambique, as florestas cobrem cerca de 40 por cento do território nacional, desempenhando um papel fundamental para a sobrevivência das populações, através do fornecimento de matéria-prima para a alimentação, fontes de energia, plantas medicinais, materiais de construção, mobiliário, de adorno, entre outros.
Prestam serviços ecossistémicos que são fundamentais para a sociedade, reflectindo-se directamente na qualidade de vida das pessoas, capturando o carbono prejudicial à atmosfera, regulando a temperatura, combatendo a erosão e a desertificação e mitigando os efeitos das mudanças climáticas.
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