
O Secretário-Executivo interino da Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA) recomenda que os países do continente têm de apostar em políticas que promovam o desenvolvimento de infra-estruturas para beneficiarem-se do acordo de comércio livre.
“Para colher as oportunidades do acordo de comércio livre em África (AfCFTA) na sigla em inglês), temos de resolver o défice de infra-estruturas”, disse António Pedro, salientando que “não é por falta de planos e projectos que o continente ainda não atingiu a transformação estrutural, mas sim pela falta de espaço político para fazer avançar esta agenda”.
Numa intervenção na sessão sobre África do 12.º Encontro Anual de Investimento, realizado segunda-feira, 15/05, em Addis Abeba, Etiópia, destinada a debater a criação de um novo enquadramento para atrair investimentos sustentáveis e reprodutivos, o responsável vincou que, “para atrair investimentos sustentáveis e transfronteiriços em África, a infra-estrutura física e digital tem de estar a postos”.
A AfCFTA entrou em vigor em 2019 e constituiu a maior zona de comércio livre do mundo, com 1,3 mil milhões de habitantes e um PIB combinado de cerca de 2,5 biliões de dólares, tendo como derradeiro objectivo, a longo prazo, eliminar as barreiras alfandegárias nos 54 países africanos.
“Precisamos de investir em ciência, tecnologia e inovação para continuar competitivos a longo prazo e constituir cadeiras regionais de valor que possam gerar mais valor acrescentado para aumentar a quota de mercado das empresas africanas”, defendeu, acrescentando que África pode alavancar os seus recursos naturais para criar cadeias de valor sustentáveis, exemplificando com a área das baterias para veículos eléctricos na República Democrática do Congo e na Zâmbia.
“As indústrias verdes são importantes para a competitividade de África num futuro em mercados com carbono zero”, disse António Pedro, salientando a importância deste sector para atrair investimento estrangeiro.
A zona de livre comércio é uma das maiores ambições da União Africana, estando a dar os primeiros passos, que seriam acelerados se o movimento de pessoas no continente fosse aprofundado, para permitir melhoramentos nas indústrias e alavancar a diversificação dos países africanos, defendeu a directora do secretariado da AfCFTA, Emily Mburu.
Entre as iniciativas que já foram aprovadas, está um sistema de pagamentos em moeda local nos negócios transfronteiriços (Sistema Pan-africano de Pagamento e Acertos) e um mecanismo de compensação financeira pelas perdas de receita alfandegária (Fundo de Ajustamento).
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