Aquacultura Deve Tornar-se Fonte de Proteína Mais Acessível para Moçambique

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Questões-Chave:
  • Governo quer transformar a aquacultura numa das principais fontes de proteína acessível;
  • Sector possui condições naturais para crescer e substituir importações;
  • Prioridades incluem qualidade, assistência técnica, investigação e acesso a insumos;
  • Pequenos produtores serão centrais na estratégia de massificação.

A aquacultura deve tornar-se uma das principais e mais acessíveis fontes de proteína para a população moçambicana, afirmou o ministro da Agricultura, Ambiente e Pescas, Roberto Albino, durante o Fórum Técnico sobre Produção de Pescado em Cativeiro, realizado na Beira, que reuniu especialistas, investigadores, produtores e académicos para discutir o futuro do sector.

Sector Tem Potencial para Reduzir Importações e Impulsionar a Segurança Alimentar

O Ministro destacou que Moçambique possui condições naturais e climáticas favoráveis para desenvolver a aquacultura, capaz de reduzir significativamente a dependência de importações de peixe e de outros produtos de origem animal, ainda elevados no país. Sublinhou que a aquacultura deve ser vista como “fonte de proteína saudável, acessível e sustentável para o povo moçambicano”, com impacto directo na segurança alimentar e na economia local.

Albino afirmou que “podemos produzir a nossa tilápia e outras espécies cultivadas com elevado potencial comercial”, defendendo uma estratégia nacional orientada ao aumento da produção, qualidade e diversificação.

Especialistas Destacam Necessidade de Qualidade, Tecnologia e Investigação Aplicada

Os participantes do encontro enfatizaram a urgência de reforçar infra-estruturas, criar laboratórios regionais de apoio, melhorar o abastecimento de juvenis e ração, e expandir a investigação científica sobre espécies de alto rendimento. A qualidade do peixe cultivado, o controlo sanitário, a certificação e a assistência técnica foram apresentados como pilares para garantir confiança dos consumidores e competitividade no mercado interno e externo.

Investigadores e académicos alertaram igualmente que a expansão da aquacultura deve ser acompanhada de formação técnica especializada, para permitir que produtores de pequena e média escala possam aumentar a produtividade e inovar tecnologias de criação.

Pequenos Produtores no Centro da Estratégia Nacional

Roberto Albino sublinhou que o desenvolvimento do sub-sector deve ser inclusivo, garantindo que pequenos produtores tenham acesso a financiamento, insumos, assistência técnica e plataformas de mercado. Um dos objectivos destacados é transformar o sector num gerador de emprego para jovens e mulheres, especialmente nas zonas rurais.

O ministro defendeu ainda que o Governo continuará a trabalhar com operadores privados e parceiros internacionais para acelerar a industrialização da cadeia de valor do pescado, desde a produção e transformação até ao acesso a mercados regionais.

Cooperação Institucional e Expansão da Pesquisa Aplicada

O encontro reuniu técnicos, académicos, operadores do sector e representantes governamentais, que partilharam casos de sucesso, desafios e perspectivas para uma aquacultura mais robusta. Houve consenso sobre a necessidade de maior integração entre instituições públicas, centros de investigação e empresas, para modernizar métodos de cultivo e assegurar fornecimento regular de insumos de qualidade.

O ministro descreveu a aquacultura como “um sector estratégico para o futuro de Moçambique”, sublinhando que o país possui condições para se afirmar como produtor regional competitivo, reduzindo custos e ampliando o acesso da população a proteína de qualidade.

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