O Banco Central Europeu (BCE), anunciou a subida das suas taxas na zona Euro de juro em 50 pontos base, de -0.50% para 0.00%, o que efectivamente significa que a zona Euro deixa de ter taxas de juro negativas.

Esta é a primeira subida das taxas de juro em 11 anos, e a maior subida desde 2000 na zona Euro. Perspectiva-que o BCE torne a incrementar as taxas de Juro em Setembro, em 60 pontos base.

Solicitado a comentar o evento, o Analista de Mercado do BNI, Emmerson Ubisse, disse ao O.Económico que, o BCE toma este posicionamento “como forma de reduzir o alto nível de inflação”, contudo, observa, o faz o “com algum atraso, em relação aos outros grandes bancos centrais, como o Banco da Inglaterra e o FED, dos EUA.

Emmerson Ubisse, Analista de Mercado do BNI

Relativamente a politica fiscal, adianta Emmerson Ubisse, há um crescente consenso de que a política Fiscal deve ser mantida inalterada, no estado em que se encontra actualmente, ou que mesmo um posicionamento ligeiramente contracionista (reduzido gastos públicos E/OU impostos) poderia ser adotado, para que a curto prazo se possa reforçar os esforços que o BCE tem estado a fazer para acautelar as pressões inflacionarias causadas pela guerra Rússia-Ucrânia.

Ubisse elucida ainda que, a medida acontece num contexto em que, se mostra também necessário  prestar apoio especifico e temporário às famílias mais afetadas pela redução do poder de compra, ou seja, as famílias de renda baixa.

Num outro desenvolvimento, comentando sobre as perspectivas de desaceleração do crescimento na Ásia, o especialista, vê como  causas, em grande parte, ao confinamento ´Lockdown´que a segunda maior economia mundial (por conta do PIB nominal), a China, tem mantido desde os primeiros meses do ano corrente, para conter a pandemia da COVID-19.

Para além disto, frisa, tem se notado uma redução no volume de importações de produtos da China, a que se juntam as dificuldades que as outras economias têm estado a enfrentar com a subida de preços e aumento das taxas de juros.

Perspectivas de Crescimento Económico Regionais

  • África Subsaariana: Perspectiva-se que o crescimento seja moderado para 3.7% em 2022 e aumente para 3.8% em 2023.
  • Oriente Médio e Norte da África: Perspectiva-se que o crescimento acelere para 5.3% em 2022, antes de desacelerar para 3.6%, em 2023.
  • Sul da Ásia: O crescimento deverá desacelerar para 6.8% em 2022 e 5.8%, em 2023.
  • Leste Asiático e Pacifico: O crescimento deverá desacelerar para 4.4%, em 2022, antes de aumentar para 5.2% em 2023.
  • Europa e Ásia: A economia regional deverá contrair 2.9% em 2022, antes de crescer 1.5% em 2023.
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