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Covid – 19 não dá tréguas

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São amargas as Perspectivas económicas regionais para África Subsaariana e Moçambique

A actividade económica na região subsaariana irá contrair cerca de 3,2% em 2020, segundo as últimas projecções do Fundo Monetário Internacional (FMI). As perspetivas para 2020–21 são péssimas e estão sujeitas a uma grande incerteza, refletindo um ambiente externo mais fraco e as medidas para conter o surto da COVID-19 que têm vindo a acelerar nas últimas semanas em vários países da África Subsariana.

Entre os grupos de países, prevê-se que o crescimento apresente a maior queda nos países dependentes do turismo e ricos em recursos naturais, enquanto que o crescimento nos países com poucos recursos naturais deverá estagnar quase por completo, revela o FMI. Para o caso da economia moçambicana, projeta-se que a atividade económica cresça cerca de 1,4%, claramente abaixo do crescimento de 2,2 % previsto em novembro de 2019, antes da pandemia.

O impacto da crise deverá destruir quase 10 anos de progressos em matéria de desenvolvimento, alerta o FMI. As projeções indicam que o PIB real per capita na região sofrerá uma contração de 5,4% em 2020, antes de recuperar 1,1% em 2021. Tal significa que o PIB per capita será 7 p.p. inferior ao nível projetado antes do surto da COVID-19, em outubro de 2019, situando-se próximo ao nível registado em 2010. Segundo esta Organização Internacional, os efeitos da pandemia sobre a actividade económica são transmitidos por quatro canais principais, nomeadamente: (i) as medidas de contenção internas, que colocam em risco a subsistência de várias pessoas; (ii) redução da procura global e repercussões regionais; (iii) declínio dos preços das commodities, caso do petróleo que teve seu preço reduzido pela metade, e; (iv) restrições financeiras,  devido à queda das receitas fiscais num cenário de elevadas vulnerabilidades de dívidas.

Projeta-se que o crescimento na África Subsariana recupere apenas gradualmente, pressupondo que a pandemia se atenue e os confinamentos abrandem ainda mais no segundo semestre de 2020. O crescimento regional deverá ser de 3,4% em 2021. Contudo, é provável que a COVID-19 provoque o primeiro aumento da pobreza a nível mundial desde 1998, ano da crise asiática. Assim, as políticas regionais devem permanecer centradas na salvaguarda da saúde pública, apoiando as pessoas e as empresas mais afetadas pela crise e facilitando a recuperação, recomenda o FMI.

 

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