EIU prevê crescimento económico de 2,4% em 2021

EIU prevê crescimento económico de 2,4% em 2021

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A Economist Intelligence Unit (EIU) prevê que a economia moçambicana recupere da contracção de 1,3%, registada em 2020, acelerando para 2,4% em 2021, continuando com a tendência de crescimento nos restantes anos.

“Esperamos que a economia cresça 4,2% em 2022, à medida que a produção de carvão aumenta e o início da vacinação em massa facilite o levantamento das restrições, impulsionando o sector dos serviços”, escrevem os analistas da unidade de análise económica da revista britânica.

Numa análise prospectiva da economia nacional, a EIU estima um crescimento real do PIB de 5,1% em 2023, 6,2% em 2024 e 6,7% em 2025.

No que diz respeito a evolução do nível geral de preços, os peritos anteveem um aumento da inflação a uma média de 5,1% ao longo de 2021, impulsionado pelo aumento dos preços das matérias-primas importadas e o relaxamento no controlo dos preços pelo Governo. “Esperamos então que a inflação aumente durante o resto do período previsto — para uma média de 8,3% em 2025 — uma vez que o desenvolvimento gradual do sector do gás conduzirá a um crescimento económico mais alargado”, lê-se no relatório.

Relativamente ao sector externo, as estimativas da EIU apontam para um alargamento do rácio défice/PIB dos serviços, em linha com o aumento das importações de serviços para a indústria do gás. Paralelamente, em 2021, as receitas das exportações aumentarão, após uma queda em 2020, à medida que os volumes de produção de carvão e alumínio se recuperam (devido ao aumento da procura global), complementados pelo aumento dos preços.

A unidade descortina um aumento das exportações a partir de 2023, à medida que o gás proveniente do projecto de GNL entrar em vigor. “Esperamos também que as despesas com importações aumentem durante 2021-25, impulsionadas pelo aumento da procura interna em combinação com o aumento da despesa com bens de capital para apoiar o desenvolvimento da indústria do gás”.

As estimativas da unidade indicam, igualmente, para uma consolidação fiscal a partir de 2022. “Em 2021 e 2022 a receita aumentará devido ao aumento das receitas das exportações e à subida do imposto à medida que a actividade económica melhora gradualmente”, escrevem os analistas, acrescentando que “a receita aumentará ainda mais a partir de 2023, à medida que a actividade económica retoma, em linha com o desenvolvimento do sector de GNL.

Entretanto, 2021 será marcado por grandes défices orçamentais, decorrentes da pandemia, com o aumento da despesa, impulsionada pelos custos dos cuidados de saúde, que continuam a ser substanciais, e os gastos com a segurança.

 

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