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Fruticultura, uma mina renovável

Fruticultura, uma mina renovável

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A nível global, a produção de frutas tem vindo a aumentar continuamente nos últimos anos, em resultado da crescente procura.

Segundo dados da Statistica, plataforma de dados empresariais, em 2019, a produção global de fruta fresca ascendeu a cerca de 883,42 milhões de toneladas, contra as 576,65 milhões de toneladas produzidas em 2000. A Índia figura como o principal produtor de fruta fresca. O segundo principal produtor de fruta foi o Vietname, seguido da China.

A importância da fruticultura para o crescimento e desenvolvimento económico é evidenciada pelo seu contributo na geração de emprego, através da agricultura, e para o PIB, principalmente através das exportações. De acordo com dados da Freshplaza, uma plataforma global de media comercial da indústria de produtos frescos, o mercado global de comércio de frutas cresceu em média 40% entre 2008-2018, aumentando de 45 milhões de toneladas para 63 milhões de toneladas.

Segundo a fonte, o aumento das exportações está a acompanhar o crescimento da produção mundial das frutas. A produção mundial de fruta, por sua vez, está a aumentar a um ritmo mais rápido do que a população mundial. Até 2018, a quantidade de fruta per capita era de cerca de 120 kg.

Apesar de gradual, o crescimento da produção e exportação das frutas não é uniforme nas diferentes regiões. Se por um lado, a quota de exportações dos países da União Europeia no comércio mundial de frutas está a diminuir gradualmente, o crescimento do comércio de frutas na Ásia é o mais elevado (e.g.: o volume de comércio de fruta do Sudeste Asiático quase que duplicou entre 2008-2018).

Relativamente ao continente africano, a exportação de frutas frescas pelos países, excluindo as bananas, destina-se principalmente a países fora do continente, cerca de 90%. Desta quota, apenas 40% vai para a UE, enquanto 18% é enviado para o Sudeste Asiático.

No que refere a nossa economia, em razão das vicissitudes que caracterizam a actividade dos fruticultores em Moçambique, a contribuição do sector em termos de geração de receitas de exportação ainda está aquém do desejado, sendo exportadas apenas algumas das variedades de fruta, caso da macadâmia, banana, litch e o abacate. De acordos com dados do INE, só em 2019, o país exportou frutas, incluindo cascas de citrinos e melões, no valor de USD 138 672 000. Destas receitas, USD 607 000 correspondentes exportação de frutas frescas diversas.

Apesar do enorme potencial existente no país para o desenvolvimento da fruticultura, a contribuição deste sector para economia é baixa. Segundo dados do Inquérito Agrário Intregrado referente a campanha agrícola 2019/20, nas explorações da amostra de 141 dos 161 Distritos predominantemente rurais ao nível do país, foram produzidas 268 301 toneladas de frutas diversas, designadamente: Banana, Papaia, Abacate, Litchi, sendo que destas apenas 32 149 toneladas foram exportadas, excluindo a papaia.

Dada a limitação do mercado interno na absorção dos produtos do ramo, os mercados internacionais, mormente Sul-Africano, têm desempenhado um papel de relevo na geração de receitas para fruticultores nacionais. Segundo a base de dados da ComTRADE das Nações Unidas sobre comércio internacional, as exportações de frutas comestíveis, frutos secos, casca de citrinos, melões, de Moçambique para a África do Sul foram de 45,53 Milhões de dólares em 2018.

 

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