• A dívida externa registou uma queda anual de 62,2 por cento durante o primeiro semestre do ano corrente, o que cooperou para que o desembolso cumulativo neste período se tenha fixado em US$235,1 milhões. 

Os últimos indicadores para o alcance deste cenário foram verificados no segundo trimestre, sobretudo no que diz respeito à administração central que registou uma redução na contratação da dívida externa em 43.2 por cento, resultando em movimentos fixados em US$79,3 milhões. O ponto de situação foi facultado pelo Banco de Moçambique (BdM) no seu mais recente relatório sobre a balança de pagamentos. As razões apontadas para os resultados alcançados se encontram, por um lado, no decréscimo registado, entre Abril e junho, nos créditos multilaterais concedidos à administração central em 43.3 por cento, maioritariamente, desembolsados pela International Development Agency, com uma contracção acima de 100 por cento. 

Por outro lado, o sector privado registou, também, uma redução do influxo em 83.2 por cento, tendo alcançado US$35.4 milhões, determinado, fundamentalmente, pela diminuição da procura de recursos financeiros externos por parte dos grandes projectos. 

No mesmo quadro, no segundo trimestre, o endividamento externo de Moçambique resultou em pagamentos líquidos estimados em US$331,3 milhões, devido, essencialmente, ao aumento do reembolso do capital e juros de empréstimos de outros sectores, em mais de 100 por cento.

Em termos cumulativos, os pagamentos líquidos totalizaram US$ 449,1 milhões, justificados, igualmente, pelo aumento do reembolso do capital e juro de empréstimos, tanto do sector privado, como do sector público em mais de 100 e 175 por cento

Por sua vez, as responsabilidades e obrigações financeiras com o serviço da dívida externa, capital e juro, durante o segundo trimestre, incrementaram em mais de 100 por cento, somando US$ 445,9 milhões, justificado, fundamentalmente, pelo aumento dos pagamentos do sector privado, com destaque para o reembolso realizado pelos grandes projectos de US$ 325,6 milhões. A administração central registou uma diminuição nos pagamentos de dívida em 1,6 por cento com destaque para as instituições bilaterais que atingiram 64,9 milhões dos quais US$38,1 milhões destinados a organização para a cooperação e desenvolvimento económico. Do ponto de vista cumulativo, os reembolsos de capital e juro totalizaram 684,2 milhões, o que representa um incremento em mais de 100 por cento, determinado pelo aumento dos pagamentos tanto do sector privado, como do sector público, em 368 milhões e 316,3 milhões, respectivamente.

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