LAM suspende rota Maputo-Lisboa para reforçar operações domésticas e regionais

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  • Decisão faz parte da estratégia de reestruturação da companhia aérea nacional

A Linhas Aéreas de Moçambique (LAM, S.A.) anunciou a suspensão do voo intercontinental entre Maputo e Lisboa a partir de 19 de Fevereiro, como parte do seu plano de reestruturação estratégica. A decisão surge no âmbito da avaliação do desempenho das rotas da companhia, em alinhamento com o Plano de Governação dos primeiros 100 dias.

A rota Maputo-Lisboa insere-se num conjunto de operações deficitárias que incluem também os voos Maputo-Harare-Lusaka, já suspensos, e Maputo-Cape Town, ainda em análise. Segundo a administração da LAM, a decisão visa optimizar a rentabilidade das operações e melhorar a eficiência de gestão, concentrando esforços no mercado doméstico e regional, onde a companhia pretende reforçar a sua presença.

Impacto para os passageiros e alternativas disponíveis

A LAM garantiu que está a tomar medidas para acomodar os cerca de 1.080 passageiros que já adquiriram bilhetes para esta rota, assegurando alternativas de viagem. Para os clientes que não puderem realizar a viagem por outras vias, a empresa compromete-se a reembolsar integralmente o valor dos bilhetes adquiridos.

A transportadora nacional reconhece que a decisão pode causar transtornos aos passageiros, motivo pelo qual apresentou sinceras desculpas aos clientes e ao público em geral.

Nova estratégia da LAM: prioridade ao mercado interno e expansão regional

A suspensão de rotas internacionais insere-se num reposicionamento estratégico da LAM, que aposta na consolidação do mercado doméstico e regional. A companhia pretende reforçar a qualidade dos serviços e assistência ao passageiro, assegurando maior eficiência operacional e alinhamento com os desafios do setor.

Atualmente, a LAM opera 12 destinos dentro de Moçambique e mantém voos regulares para Joanesburgo, Dar-Es-Salaam e Cape Town. A companhia anunciou ainda planos para expandir a sua malha aérea regional nos próximos meses, como parte do esforço de revitalização da empresa.

A frota da LAM é composta por dois Bombardier CRJ900, um Q400 e um Embraer 145, este último operado pela subsidiária MEX – Moçambique Expresso.

Compromisso com um futuro mais eficiente e sustentável

A LAM reitera que a suspensão do voo Maputo-Lisboa não significa um afastamento definitivo do mercado intercontinental, mas sim um passo estratégico para fortalecer a companhia e garantir operações mais sustentáveis. A transportadora pretende modernizar-se e adaptar-se às exigências do setor da aviação, focando-se em oferecer melhores experiências aos passageiros e consolidar a sua posição no mercado regional.

A empresa, membro fundador da IATA e certificada pela IOSA desde 2007, mantém o compromisso de melhoria contínua da qualidade dos seus serviços e expansão da sua rede de destinos. Desde 2012, integra o grupo das 10 melhores companhias aéreas africanas na Classe Económica, segundo os World Travel Awards, reforçando a sua ambição de se tornar uma referência na aviação da África Austral.

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