
Ministro indiano da Energia adverte para o “caos organizado” se o petróleo atingir os 100 dólares por barril
- O Ministro do petróleo e do gás natural da Índia avisou que haverá um “caos organizado” se os preços do petróleo ultrapassarem os 100 dólares por barril
- Mas também se mostrou optimista quanto ao facto de a nação do Sul da Ásia estar bem posicionada para enfrentar os custos mais elevados.
- “Preocupar-me-ia com o que acontecerá noutras partes do mundo em desenvolvimento… esse é realmente um ponto preocupante”, afirmou Hardeep Singh Puri.
O Ministro indiano do Petróleo e do Gás Natural advertiu que haverá um “caos organizado” se os preços do petróleo ultrapassarem os 100 dólares por barril, mas disse que o seu País está bem posicionadaopara enfrentar custos mais elevados.
“Se o preço ultrapassar os 100 dólares, não será do interesse nem do País produtor nem de ninguém. Haverá um caos grande e organizado”, disse Hardeep Singh Puri a Dan Murphy, da CNBC, durante um painel da conferência sobre petróleo e gás ADIPEC, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, na terça-feira, 03 de Outubro.
Mas “não nos devemos preocupar com o impacto na Índia. A Índia é uma grande economia que tem muita produção interna. Vamos reduzir, vamos fazer uma coisa ou outra”, disse Puri.
Na semana passada, os preços do petróleo subiram para os níveis mais elevados em mais de um ano, com os futuros do West Texas Intermediate dos EUA a atingirem 95,03 dólares por barril. Desde então, os preços recuaram, situando-se em 89,44 dólares por barril nas negociações desta quarta-feira, 04 de Outubro, de manhã na Ásia.
Embora Puri estivesse confiante de que a Índia poderia navegar por preços mais altos, ele alertou que outras nações podem não ser capazes de fazer isso.
“Preocupar-me-ia com o que acontecerá a outras partes do mundo em desenvolvimento… esse é realmente um ponto preocupante”, disse Puri, salientando que a subida dos preços nos últimos 18 meses colocou “100 milhões de pessoas na pobreza abjecta”.
“Tiveram de passar do gás e dos combustíveis de cozinha a preços razoáveis para a lenha húmida, o carvão ou o que conseguissem arranjar. É esse o problema”.
O Ministro disse no X, a plataforma de comunicação social anteriormente conhecida como Twitter, que os produtores de petróleo precisam de ter em conta as dificuldades que os países consumidores enfrentam.
“Durante a pandemia, quando os preços do petróleo bruto caíram, o mundo uniu-se para estabilizar os preços e torná-los sustentáveis para os produtores. Agora que o mundo está à beira de uma recessão económica e de um abrandamento, os produtores de petróleo têm de mostrar [a] mesma sensibilidade para com os países consumidores”, afirmou num post.
A transição energética da Índia
Puri afirmou ainda que o principal desafio energético que o mundo enfrenta é resolver o “trilema” da disponibilidade, acessibilidade e sustentabilidade. Puri afirmou que a Índia “tem-se saído bem” no que respeita à disponibilidade e acessibilidade da energia.
Enquanto a Índia – o terceiro maior importador e consumidor de petróleo do mundo – estabeleceu um objectivo de emissões líquidas nulas para 2070, outras grandes economias têm objectivos muito anteriores. A China pretende atingir a neutralidade carbónica até 2060. O Japão e os EUA têm objectivos para 2050.
Ainda assim, Puri reiterou a forma como a transição energética sustentável da Índia está a ocorrer a uma “escala mais abrangente” e mais rapidamente do que o inicialmente previsto.
Explicou que as principais empresas do sector da energia, como a Indian Oil Corporation, a Oil and Natural Gas Corporation e a Bharat Petroleum estabeleceram objectivos de emissões líquidas nulas muito antes de 2070.
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