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Moçambique de olhos virados para o mercado do médio oriente

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O médio oriente importa por ano cerca de 41.9 milhões de toneladas de produtos diversos ao redor do mundo. Este facto é visto pelas empresas moçambicanas de agronegócio como uma grande oportunidade dado o potencial agro-ecológico e a proximidade de Moçambique ao mercado do médio oriente.

Nas últimas duas décadas o mercado do médio oriente tem apresentado um enorme potencial de demanda de produtos agrícola diversos. Dados referentes a 2016 estimam que este mercado atingiu em temos de importações cerca de 41.9 milhões de toneladas de produtos.

Doravante, prevê-se que até 2023 o médio oriente tenha uma demanda de 60 milhões de toneladas de produtos diversos e os motivos por detrás desse facto são o clima, aumento da populacional e turismo.

Os dois principais importadores desse mercado são a Arábia Saudita com mais de 50% das importações, seguida pelos Emirados Árabes Unidos com 23%, este último em particular  estima-se que cerca de mais de 80% dos produtos consumidos são produtos importados. Este facto abre grandes possibilidades dos países ao redor do mundo e Moçambique em particular devido potencial agro-ecológico e a proximidade ao mercado à exportar seus produtos ao médio oriente.

Os principais produtos importados ao redor do mundos pelos países que compõem o médio oriente compreendem: cereais, lacticínios e frutas.

Abdulla Momade -Representante da Câmara de Comércio de Dubai em Moçambique

Abdulla Momade -Representante da Câmara de Comércio de Dubai em Moçambique

Neste sentido, Abdulla Momade, representante da Câmara de Comércio de Dubai em Moçambique, referiu que apesar das relação entre Moçambique e Emirados Árabe Unidos não ser muito forte, existe um grande potencial entre os dois países, na área do agronegócio.

“Em termos de importação, o Dubai está a adquirir de Moçambique alguns produtos como as leguminosas, castanha, banana, feijão preto, ervilhas são produtos específicos que tem tidos maior aceitação no mercado do Dubai e Moçambique tem conseguido colocar lá”, referiu Momade. 

Para o representante da Câmara de Comércio de Dubai em Maputo, Abdulla Momade, comparativamente com o resto dos mercados mundiais, Moçambique apresenta duas vantagens: o clima e a localização geográfica que poderá levar o país exportar preferencialmente para Dubai.

No entanto, apesar do enorme potencial de demanda ofertado pelo mercado do médio oriente, Moçambique não tem estado a tirar proveito desta oportunidade. De acordo com Momade, o médio oriente representa um mercado superior a 30 biliões de dólares em termos de importações de produtos e Moçambique está aproveitar apenas cerca de 0,1% desse montante.

Por outro lado, o Director da AgriMag Bernabé Zandamela referiu que o país de procurar se posicionar de forma a tirar vantagens competitivas em relação os outros países.

“A questão que se coloca é como é que o país pode se posicionar para ser um dos principais fornecedores de alimentos a nível internacional? O mercado do médio precisa de alimentos porque importa cerca de 90 por cento do que consome”, salientou Zandamela.

Bernabé Zandamela - Director da AgriMag

Bernabé Zandamela – Director da AgriMag

Neste sentido, com vista a tirar proveito das oportunidades oferecidas pelo mercado do médio oriente, AgriMag, em parceria com Fundo do Desenvolvimento Agrário, tem servido de plataforma de ligação para as empresas no ramo do agronegócio, a título ilustrativo, a plataforma organizou a ida de várias empresas a Dubai para participar no Organic & Natural Produts Expo Dubai 2019.

As trocas comerciais entre Moçambique e os Emirados Árabes Unidos (EAU) atingiram um bilião de dólares norte-americanos em 2018, um dado que aumentou comparativamente ao ano anterior, em que os negócios se situaram nos 912 milhões.

Os principais exportações nacionais para os Emirados Árabes Unidos compreendem: minérios, tabaco, alumínio, pedras preciosas e produtos agrícolas.

Dados divulgados pela embaixada dos EAU em Moçambique revelou ainda que, entre 2011 e 2016, o volume de investimentos do país asiáticos no nosso totalizou 3,5 biliões de dólares, o que permitiu a geração de mais 17 mil postos nas áreas de transportes e comunicações, energia, agricultura e serviços.

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