
Petróleo Cai com Retoma das Exportações do Curdistão e Perspectiva de Aumento da Produção pela OPEP+
- Exportações do Curdistão retomadas após dois anos e meio, adicionando até 230 mil barris/dia ao mercado;
- OPEP+ deverá aprovar novo aumento de 137 mil barris/dia em Novembro;
- Preços recuam: Brent a 69,70 USD e WTI a 65,23 USD;
- Apesar dos receios de sobreoferta, produção da OPEP+ mantém-se 500 mil barris/dia abaixo da meta;
- Riscos geopolíticos na Rússia e Irão podem inverter rapidamente a tendência.
Os preços do petróleo iniciaram a semana em queda, pressionados pela retoma das exportações do Curdistão iraquiano e pelas expectativas de novo aumento da produção da OPEP+ em Novembro. O recuo acontece após a valorização da semana anterior, alimentada pelas tensões na Rússia e no Médio Oriente.
Na manhã desta segunda-feira, os futuros do Brent caíram 0,6% para 69,70 dólares por barril, enquanto o WTI recuou 0,8% para 65,23 dólares. O movimento reflecte a conjugação de dois factores: a retoma dos fluxos de crude do Curdistão para a Turquia e a perspectiva de novo aumento da produção pela OPEP+.
Após mais de dois anos de interrupção, o crude começou a fluir no sábado através do oleoduto que liga o Curdistão ao porto turco de Ceyhan, no âmbito de um acordo entre Bagdade, o Governo Regional do Curdistão e as petrolíferas internacionais. Inicialmente, o volume deverá situar-se entre 180 mil e 190 mil barris por dia, mas poderá chegar a 230 mil barris/dia no mercado internacional.
Ao mesmo tempo, a OPEP+ prepara-se para aprovar um novo aumento de 137 mil barris/dia na reunião do próximo domingo. O cartel procura capitalizar o momento de preços elevados para recuperar quota de mercado, embora continue a produzir cerca de 500 mil barris/dia abaixo das metas fixadas, devido a limitações técnicas em vários membros.
Analistas da RBC Capital Markets alertam, contudo, que a narrativa de sobreoferta para o quarto trimestre de 2025 pode ser rapidamente revertida por factores geopolíticos. A guerra na Ucrânia já provocou interrupções significativas na produção russa, enquanto as novas sanções da ONU ao Irão aumentam o risco de retaliações que podem afectar os fluxos de petróleo.
Na semana passada, o Brent e o WTI registaram os maiores ganhos desde Junho, com uma valorização superior a 4%, impulsionados por ataques ucranianos a infra-estruturas energéticas russas que reduziram a capacidade de exportação de combustíveis do país.
O mercado encontra-se, assim, num ponto de inflexão delicado: de um lado, sinais de sobreoferta decorrentes do regresso do crude curdo e do aumento da produção da OPEP+; do outro, riscos geopolíticos crescentes que podem comprimir a oferta e reanimar os preços.
Ouro Ultrapassa Máximos Históricos e Caminha Para Melhor Mês em 16 Anos
30 de Setembro, 2025Dólar Enfraquece Face a Risco de “Shutdown” nos EUA e Cautela da Fed
30 de Setembro, 2025Finanças Não-Bancárias Crescem e Já Representam Metade do Crédito Global
29 de Setembro, 2025Minerais Críticos Entre a Promessa da Procura e a Realidade do Excesso de Oferta
29 de Setembro, 2025
Mais notícias
-
Dívidas Ocultas: Moçambique pede US$ 3 mil milhões de dólares à Privinvest
18 de Outubro, 2023
Conecte-se a Nós
Economia Global
-
Ouro Ultrapassa Máximos Históricos e Caminha Para Melhor Mês em 16 Anos
30 de Setembro, 2025
Mais Vistos
-
Ouro Ultrapassa Máximos Históricos e Caminha Para Melhor Mês em 16 Anos
30 de Setembro, 2025
Sobre Nós
O Económico assegura a sua eficácia mediante a consolidação de uma marca única e distinta, cujo valor é a sua capacidade de gerar e disseminar conteúdos informativos e formativos de especialidade económica em termos tais que estes se traduzem em mais-valias para quem recebe, acompanha e absorve as informações veiculadas nos diferentes meios do projecto. Portanto, o Económico apresenta valências importantes para os objectivos institucionais e de negócios das empresas.
últimas notícias
Mais Acessados
-
Economia Informal: um problema ou uma solução?
16 de Agosto, 2019 -
LAM REDUZ PREÇO DE PASSAGENS EM 30%
25 de Maio, 2023