Privados incentivados serem mais participativos no fomento do caju

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O Governo quer que o sector privado seja mais participativo no fomento do caju, uma das principais culturas de rendimento do país, com foco na produção e distribuição de mudas, controlo de pragas e doenças.

O secretário de Estado em Nampula, Jaime Neto, deixou essa durante a realização, recentemente, da reunião nacional de concertação dos actores do caju realizada na província de Nampula. O encontro juntou intervenientes da cadeia de valor do caju, uma actividade que envolve 1,4 milhão de produtores em todo o país, com a província de Nampula a contribuir com roais de metade da produção global.

“O Governo continuará a estimular a indústria, destino privilegiado da castanha comercializada no sector primário no Sector, devido à grande capacidade de gerar emprego e divisa”, disse Jaime Neto.

Afirmou ser urgente modernizar e financiar a indústria de processamento para que absorva mais produção e contribua para a geração de emprego e melhore a balança comercial do país.

Sendo estas as premissas para a concertação que se pretende, Neto entende ser necessário fortalecer o diálogo entre sectores e intervenientes desta indústria.

“É nossa expectativa que se alcancem também os seguintes desideratos; desenvolver uma visão conjunta que responda aos interesses dos actores da cadeia de valor do caju; identificar as intervenções-chave e prioritárias para fazer face aos desafios e aproveitar as oportunidades existentes”, afirmou.

O evento também visava “estabelecer o diálogo horizontal e vertical dos actores da cadeia de valor do caju, garantindo um debate transparente, equitativo e inclusivo; e preparar um roteiro para o desenho de políticas e estratégias público-privadas e de parceiros de desenvolvimento”.

Actualmente, afumou o governante, regista-se uma crescente produção da castanha de caju e comercialização. Mas o mesmo já não sucede com a capacidade processamento, por motivos conjunturais, incluindo baixa de preços no mercado internacional, resultado da retracção da economia mundial desencadeada pela guerra Rússia-Ucrânia.

“É notório também o crescimento do sector de processamento secundário de castanha, que tem agregado do valor a este produto, satisfazendo o mercado interno de consumo de amêndoa e alimentando mercados de países vizinhos. Nesta área, temos o desafio de organizar melhor este segmento de produção para que ele tenha mais apoios e consiga melhores resultados”, detalhou a fonte citada pela AIM.

Atenção especial deve ser dada, segundo o secretário de Estado, às parcerias público¬-privadas para contornar os problemas provocados pela queda do preço da castanha de caju no mercado internacional.

Já a gestora de projectos na delegação da União Europeia (UE) em Moçambique, Shaimin Vieira, e representante dos parceiros de cooperação, disse ser notória a Importância da produção da castanha de caju no país pela sua capacidade de gerar empregos formais e renda para as famílias no meio rural.

“Um dos grandes desafios no momento é continuar engajado em procurar soluções viáveis, realistas, locais e concertadas, de modo a permitir que a castanha de caju moçambicana volte a ocupar lugar de destaque no mercado nacional e internacional, de forma competitiva, mas também sustentável e resiliente”, afirmou. A União Europeia, através dos seus programas de apoio a Moçambique, como o PROMOVE Agribiz, tem contribuído para o desenvolvimento do sector do caju com várias acções.

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