Sector privado confiante na retoma da cabotagem marítima

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O sector privado acredita que a retoma do processo de cabotagem marítima, prevista para o primeiro trimestre de 2020, vai lograr resultados satisfatórios pois considera que estão criadas as condições básicas para o efeito.

A convicção do empresariado, na voz de Faruk Assubuji, Vice-presidente do transporte marítimo da CTA, encontra os seus alicerces no envolvimento do sector privado em todo o processo de preparação da retoma da cabotagem assim como na disponibilidade manifestada pela empresa Peschaud Moçambique, uma subsidiária do grupo francês de logística terrestre, fluvial, lacustre e marítima Peschaud et Cie International, em financiar o processo.

Em todo esse processo da cabotagem nós só vemos vantagens não só para o sector privado mas também para a economia como um todo”, referiu Faruk Assubuji.

Considerando que o diálogo entre os diferentes stakeholders foi crucial para a eliminação da maior parte dos desafios apontados em 2014 aquando da realização de um estudo encomendado pela CTA sobre a Reestruturação e Revitalização da Cabotagem Marítima em Moçambique, no qual percebe-se que na altura a cabotagem continuava a sofrer muitos constrangimentos tanto de caráter portuário e marítimo, legislativo quanto de carácter aduaneiro.

Obviamente que alguns ainda persistem mas acreditamos que com o que já está legislado há condições básicas para que a cabotagem retome. Portanto, os erros cometidos serviram como exemplo e lição na criação das condições em termos legislativas e operacionais”, avançou Assubuji.

Faruk Assubuji - Vice-presidente do transporte marítimo da CTA

Faruk Assubuji – Vice-presidente do transporte marítimo da CTA

A revitalização da cabotagem marítima no nosso país representa uma diversificação daquilo que são as modalidades de transporte, esperando-se que haja um impacto positivo em termos de transporte de mercadorias e bens.

O nosso interlocutor chama a atenção para a necessidade de mudança de mentalidade por parte de alguns empresários ligados ao transporte rodoviário, que neste momento é que estão a fazer o transporte de norte a sul e vice-versa, os quais encaram a cabotagem marítima como um concorrente directo aos seus serviços. Pois, todos os transportes complementam-se.

Portanto, o transporte marítimo não pode de forma alguma dissociar-se do transporte rodoviário porque há muitos empresários interessados em movimentar as suas mercadorias via marítima o que criará oportunidades para novos empreendimentos. Mas há desafios que o investidor deverá continuar a trabalhar para que os potenciais investidores noutras áreas que exigem um tipo de navios diferentes daqueles que vão ser introduzidos pelo investidor (navios multipropósito) e que vão fazer uma rotação pelos portos possam usufruir das oportunidades criadas.

Segundo Assubuji, o que se espera para os próximos dez anos pelas previsões e estudos feitos é que uma vez iniciado o processo é bem provável que a capacidade desses navios tenha que ser acrescentada

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